Mudança de “Sistema” ou Mudança de “Regime”?

2 horas atrás 17

Parece que as pessoas preferem viajar no Titanic do século XXI, que é esta União Europeia, ouvindo a “orquestra” tocar, mas não perceberam, ainda, que o “navio” se está a afundar, pois estão distraídos com a “boa música” que lhes têm dado.

Qualquer Professor universitário sabe que a exposição oral, numa aula clássica, tem que estar adequada ao nível de conhecimento da “assistência”, ou seja, dos alunos. Seria estultícia pensar que é possível (e que resulta) obrigar os alunos a subir até ao nível de conhecimento do Professor, por isso, em regra, “as orações de sapiência” na Universidade são uma seca, já que só os da especialidade em causa é que entendem a dita “oração”.

Ora, o que se impõe é que aquele que “fala” adeqúe o seu nível de discurso ao nível da assistência. Isto é o que faz um Professor sénior, e versátil, ele fala de acordo com a assistência que tem na sua frente.

Na política e nos regimes (ou sistemas) o mesmo se deve passar, ou seja, o regime tem que ser adaptado (e ajustado) ao Povo e não o contrário. Por isso, o Professor Adriano Moreira, nosso ex-Mestre, disse, em 2010, que “já que não é possível mudar de Povo, teremos que mudar de regime!”

Parece que as pessoas preferem viajar no Titanic do século XXI, que é esta União Europeia, ouvindo a “orquestra” tocar, mas não perceberam, ainda, que o “navio” se está a afundar, pois estão distraídos com a “boa música” que lhes têm dado. Só que os “músicos” ou têm uma tendência suicida, dada ao suicídio, ou então são estóicos e altruístas ao ponto de serem solidários com quem vai morrer.

É certo que, no futuro, estaremos todos mortos, mas a obrigação de um “guerrilheiro” é manter-se vivo para poder continuar a lutar e a vida é uma luta permanente, que deve ser orientada em busca da verdade e da solidariedade, sim, mas vivos ajudam mais os outros do que estando mortos. Por isso, e agora, temos que nos manter com um espírito “guerrilheiro” e lutar para que, rapidamente, se possa adequar o tipo de regime à realidade do Povo Português.

Tem que haver uma ruptura com o modelo actual, e se nada for feito nesse sentido, o que vai acontecer é a falência total desse “modelo” executado, com consequências dramáticas para várias gerações futuras. O que nos causa espanto é que, com tanta “massa cinzenta” à disposição de tantos “líderes” políticos e outros, se caminhe, teimosamente, para o desastre sem que haja vontade de o evitar.

Sociólogo

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