Muito amor por este grupo E

3 meses atrás 73

Como não adorar este grupo E? A Bélgica corrigiu o resultado da jornada 1, venceu a surpreendente Roménia por 2-0 e deixou o grupo num autêntico alvoroço, visto que à entrada para a 3ª e última jornada, todas as seleções têm três pontos. Está tudo em aberto.

Num grupo E a surpreender, Bélgica e Roménia precisavam de pontos e fechavam a 2ª jornada da fase de grupos. Mais desesperada, a Bélgica mexia no onze inicial, com Tedesco a chamar Vertonghen, Theate, Lukebakio e Tielemans. Do lado romeno, a única alteração era a titularidade de Valentin Mihaila, no lugar que pertencia a Florin Coman.

Melhorias em desespero

Já era sabido, mas Tedesco passou claramente a mensagem que era preciso mais e melhor com as mexidas efetuadas no onze inicial e a resposta dificilmente podia ser melhor. Logo aos 2', depois de um bom trabalho coletivo, Lukaku fez de pivot, serviu Tielemans à entrada da área e este rematou para o 1-0. Que forma de arrancar.

A Roménia até se mostrou corajosa e atrevida depois do golo, criando perigo na bola parada e obrigando Casteels a um par de intervenções. Além disso, os romenos tentaram pressionar alto e em bloco, o que dificultou por vezes, mas também permitiu à Bélgica ter muito espaço para a transição quando desbloqueavam essa primeira linha. Como o miolo romeno pressionava em bloco, quando era ultrapassado, a defesa ficava bastante desprotegida.

Aí, os belgas iam criando cada vez mais perigo, especialmente pela esquerda, onde Doku ia fazendo vida difícil a Ratiu, e foram explorando bem os vários corredores, apanhando os romenos em contrapé, mas pecaram na finalização - Nita bem entre os postes, depois do 1-0 - e a vantagem mínima manteve-se até ao intervalo. Nota, no entanto, para a pressão belga mais bem conseguida e uma defesa mais organizada do que no jogo da jornada 1.

Matreirice de candidato

A vantagem era curta e a Roménia tinha uma palavra a dizer, como mostrou no arranque da 2ª parte. Os comandados de Edward Iordanescu entraram bem mais intensos na troca e disputa de bola, conseguindo arrastar os centrais belgas com as descidas de Denis Dragus e criaram duas belas chances nos primeiros cinco minutos. Davam sinais de vida e o jogo ficava mais imprevisível.

Percebendo isso, e mostrando maturidade tática, a Bélgica procurou ter bola, para baixar o ritmo e impedir a reação romena. Isto permitiu à Bélgica crescer e voltar a assumir às rédeas, o que fez com que voltasse a surgir o espaço entre setores que se tinha visto na 1ª parte, visto que a Roménia continuava pressionante. Aos 64', aproveitando esse espaço, De Bruyne desmarcou Lukaku nas costas da defesa de forma exímia e este faturou, mas o VAR encontrou fora de jogo e o avançado belga voltou a ficar-se pelo quase. O jogo continua, assim, em aberto e, logo a seguir, Dennis Man quase marcava num erro enorme de Onana, mas Casteels agigantou-se na baliza.

Mais uma vez, a Roménia respondeu bem e conseguiu algumas aproximações e oportunidades - quase sempre na meia distância -, mostrando o atrevimento que a tem caracterizado, mas acabou por sofrer um «murro no estômago» aos 80', quando Casteels bateu o pontapé de baliza, houve um desvio de cabeça e De Bruyne foi isolado na cara do golo e não perdoou. Estava feito o 2-0. 

Um erro de Faes quase relançou o jogo na ponta final, mas Casteels fez bem a mancha e a Bélgica acabou por vencer, deixando o grupo E num autêntico alvoroço: à entrada para a 3ª e última jornada, todas as seleções têm três pontos. A Bélgica vai defrontar a Ucrânia, enquanto a Roménia defronta a Eslováquia.

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