As declarações foram feitas em resposta à deputada Isabel Mendes Lopes, do Livre, que considerou que as mudanças levadas a cabo nos últimos dias “geram uma instabilidade de que o país não precisa”, referindo-se às demissões da provedora da Santa Casa da Misericórdia, do diretor-executivo do SNS, que apresentou a sua demissão em abril, do diretor nacional da PSP e do presidente da administração da Museus e Monumentos de Portugal.
O primeiro-ministro afirmou, esta segunda-feira, no Parlamento, que as mudanças em cargos na Administração Pública vão continuar, revelando que vários “dirigentes colocaram o lugar à disposição com a mudança do Governo”.
As declarações foram feitas em resposta à deputada Isabel Mendes Lopes, do Livre, que considerou que as mudanças levadas a cabo nos últimos dias “geram uma instabilidade de que o país não precisa”, referindo-se às exonerações da provedora da Santa Casa da Misericórdia, do diretor nacional da PSP e do presidente da administração da Museus e Monumentos de Portugal e, ainda, do diretor-executivo do SNS, que apresentou a sua demissão em abril.
“Com a mudança do Governo, houve muitos dirigentes que colocaram o lugar à disposição. Este período de transição não é um período fácil”, explicou Luís Montenegro, assegurando que não será feita “nenhuma mudança com critérios partidários”.
“Nós não vamos fazer nenhuma purga na Administração [Pública]”, dirigindo-se à bancada dos deputados do Chega, em resposta a Ventura, que no início do debate tinha lançado essa acusação.
Ainda segundo a deputada do grupo parlamentar do Livre, o Executivo liderado por Luís Montenegro “comporta-se com toda a arrogância de uma maioria sem ter o apoio parlamentar que o sustente”.
“O país assiste preocupado a este início de mandato. Lidera um Governo e partido que parece que continuam em campanha eleitoral, sem rumo para o país, e que têm sido responsáveis por um clima de instabilidade”, acusou.
Do lado do PCP, Paulo Raimundo acusou o novo Governo de servir “o negócio de uns poucos”, nomeadamente nas áreas da saúde e da educação.
Em resposta, Montenegro afirmou que apesar de “os serviços de saúde, de educação e de habitação deverem ter garantia pública”, “não é apenas o Estado que conseguirá resolver os problemas de acesso que perturbam tantas e tantas famílias portuguesas”.