Mulheres de soldados russos em protesto exigem regresso dos maridos

8 meses atrás 78

Segundo a agência francesa de notícias, o protesto "simbólico" resulta da contestação crescente dos familiares dos reservistas mobilizados por ordem de Vladimir Putin, em setembro de 2022.

A ação realizou-se apesar do frio que se faz sentir em Moscovo, envolvendo cerca de 15 pessoas que depositaram flores vermelhas no monumento, ação sem interferência policial, apesar deste tipo de iniciativas ser habitualmente reprimido de forma severa na Rússia.

"Queremos chamar a atenção das autoridades e do público para o nosso apelo. Tentámos várias formas. Apelámos por escrito aos deputados, funcionários e departamentos governamentais, mas não fomos ouvidas", declarou à AFP Maria, uma gestora de vendas de 47 anos.

O marido foi mobilizado em novembro de 2022, há mais de um ano. "Não é justo. Eles são civis, não são soldados", disse, acrescentando: "Os nossos homens não podem ficar lá tanto tempo".

Maria Semionova, assistente jurídica, apelou às autoridades para "negociarem a paz" na Ucrânia, após dois anos de conflito.

Paulina, mãe de uma criança de um ano, salientou que a sua participação na iniciativa é "a única ação pacífica que ainda não foi proibida por lei".

"Tenho a impressão de que os estamos a incomodar. Mas ninguém vai ficar calado. Vamos sair todos os dias, todos os sábados, vamos depositar flores" para chamar a atenção para a situação", destacou.

De acordo com a AFP, o ativismo das mulheres dos soldados russos mobilizados para o conflito na Ucrânia tem sido largamente ignorado pelos meios de comunicação social estatais russos, numa altura em que o Kremlin está empenhado em projetar uma imagem de unidade em torno de Vladimir Putin antes da sua inevitável reeleição nas eleições presidenciais de março de 2024.

De acordo com Vladimir Putin, 244.000 soldados estão atualmente a combater na Ucrânia, de um total de 617.000.

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