Musiversal usa a tecnologia para tornar a colaboração entre músicos e criadores mais eficiente e económica

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A missão da Musiversal é «democratizar» a produção musical: para isso, a startup criou uma plataforma que permite «obter ganhos de produtividade enormes, simplesmente devido a uma arbitragem inteligente entre a procura e oferta de serviços de produção e consultoria musical», explica André Miranda, co-fundador e CEO da Musiversal. O responsável explica à PCG que a subscrição disponibilizada pela startup, a Musiversal Unlimited, «agrega um conjunto de mais de 75 músicos e especialistas musicais que vivem em diversas partes do mundo e estão disponíveis remotamente para colaborar com os criadores de música que pagam» o serviço.

É o «mesmo que ter um estúdio de gravação profissional cheio de músicos e especialistas que ajudam os criadores a melhorar e produzir a sua música, à distância de um clique e por um valor mensal de 199 dólares (cerca de 186 euros), algo impensável antes», salienta o empreendedor.

Até a Musiversal existir, as «formas de colaboração entre criadores de música e músicos estavam limitadas a sessões de estúdio físicas ou então a colaboração online muitas vezes por mensagem ou e-mail», esclarece André Miranda. Sendo estas opções «muito caras e lentas», a startup «oferece uma experiência semelhante a uma sessão de estúdio física, mas a um preço muito mais baixo e de uma forma muito mais fácil e intuitiva». Estas são as suas grandes mais-valias.

Reduzir custos e crescer
André Miranda fundou a Musiversal em Maio de 2018 e depois convidou Xavier Jameson para ser co-fundador e responsável de produto. Tudo aconteceu quando o CEO da startup se apercebeu, «após terminar os seus estudos em film scoring (música para filmes) na New York University, que todos os criadores de música que conhecia não tinham possibilidade de gravar a sua música». Isto era algo «muito frustrante tendo em conta que um criador dedica toda a sua vida e energia a criar a sua música, mas esta geralmente nunca passa da fase de maquete para a fase final onde é gravada e produzida de maneira a poder ser ouvida e apreciada por todos», acrescenta André Miranda. O empreendedor revela ainda que o «maior obstáculo que impede que isso aconteça é o custo de gravar e produzir a música». A Musiversal nasceu para resolver este problema ao «reduzir o custo da produção musical, enquanto ajudar a gerar rendimento para os músicos», destaca o CEO.

Hoje. a plataforma da Musiversal tem mais de «trezentos mil minutos de sessões musicais por mês» e, «nos últimos doze meses, triplicou o número de subscritores» chegando «a mais de mil utilizadores». Além disso, conta com uma equipa de vinte colaboradores e tem um escritório em Portugal e outros nos EUA, que é o seu «maior mercado».

A empresa anunciou recentemente levantamento de 2,8 milhões de euros numa ronda SAFE (simple agreement for future equity), uma opção que permite aos investidores comprar acções numa futura ronda a preços reduzido. O valor conseguido vai permitir à startup portuguesa crescer como sublinha André Miranda: «Com estes recursos, vamos escalar as nossas operações e melhorar ainda mais a nossa oferta de serviços».

E a longo prazo os planos também já estão traçados como afirma o CEO: «Queremos criar uma economia musical, fomentando a criação musical e colaboração entre criadores de música e músicos. Vamos continuar a expandir os serviços que estão incluídos na Musiversal Unlimited de forma a nos tornarmos na solução por defeito para produção musical».

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