O FC Porto completou o lote de quatro equipas que irão disputar a final four da Taça da Liga já no próximo mês de janeiro. Os dragões, para isso, deixaram para trás o Moreirense, com um triunfo por 2-0, mas quem esperava ver um 'filme de terror' em Aveiro neste dia das bruxas, acabou por assistir a uma hora e meia de pouca ação e raras ocasiões de perigo.
Vítor Bruno, como já era de esperar, lançou várias novidades no onze inicial e o destaque foi, como não podia deixar de ser, para a ausência de Samu, ele que tem sido a estrela da companhia nos últimos jogos. O espanhol deu lugar a Deniz Gul, mas o sueco esteve longe de tirar proveito da oportunidade de se mostrar ao treinador e aos adeptos.
A chuva fraca que se fez sentir aliada à atividade dos jogadores em campo foi servindo para piorar o estado do relvado e esse acabou por ser um dos elementos que não permitiu um espetáculo de grande nível no Municipal de Aveiro, casa emprestada dada a interdição por um jogo do Estádio do Dragão. As bancadas, essas, encontravam-se muito despidas e pouco barulhentas, fruto da ausência das claques, em boicote.
O primeiro festejo do jogo fez-se ouvir depois da meia hora. Leonardo Buta, talvez nervoso pela estreia com a camisola do Moreirense, rematou para a própria baliza e o auto-golo colocou os dragões em vantagem, eles que, até então, não tinham efetuado um único remate enquadrado.
Já na segunda parte, foi dos pés de Galeno que saiu metade do último golo, sendo que a metade restante foi consumada por Eustáquio, que assim regressou aos golos precisamente um ano depois.
Revisto o filme do jogo, vamos então às notas:
Figura
Caio Secco não começou bem o jogo, mas saiu do relvado de cabeça erguida, fruto do que fez durante a segunda parte. O guarda-redes brasileiro foi o elemento que evitou um ainda pior desfecho para o Moreirense, com oito defesas realizadas, seis delas após remates dentro da área.
Surpresa
Eustáquio mostrou segurança e serviu para comandar a orquestra azul e branca. Mesmo que o golo não tivesse aparecido, este teria sido, ainda assim, um jogo muito interessante do médio.
Desilusão
Deniz Gul vai ter de continuar a lidar com a titularidade indiscutível de Samu. O sueco recebeu a oportunidade de jogar de início, quando nos últimos três jogos nem sequer constou da ficha de jogo, e mesmo assim saiu de campo sem que ninguém desse por ele.
Treinadores
Vítor Bruno
Apesar da falta de espetáculo, o FC Porto cumpriu o que se esperava e seguiu em frente na competição. Importa destacar a aposta em Cláudio Ramos e em Deniz Gul a titulares, alterações estruturais ao onze mais habitual dos últimos jogos. A Fábio Vieira também foram dados mais minutos que certamente contribuíram para o ganho de ritmo.
César Peixoto
O Moreirense apresentou-se inofensivo e com poucas ideias de jogo. A sorte, porém, foi que do outro lado não estava um FC Porto nos seus dias.
Árbitro
Não há muito a dizer acerca de Gustavo Correia a não ser que ficou a faltar um amarelo para Alan, na sequência de uma entrada dura sobre Zé Pedro. Fora esse lance, o árbitro passou discreto, tal como é suposto.
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