Nanorrobôs e IA para tratar Alzheimer e epilepsia

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Um complexo emaranhado de neurónios, que respondem a sinais químicos, térmicos e elétricos, compõe o nosso cérebro. Um órgão que é chamado a tomar cerca de 35 mil decisões por dia e que comanda tanto os processos conscientes como os autónomos. Protegido por uma carapaça óssea e pela membrana hematoencefálica, torna-se difícil aceder ao que se passa na massa cinzenta. É em parte por isso que algumas patologias com origem no cérebro, como a epilepsia, Parkinson ou Alzheimer, continuam a ser difíceis de tratar.

Para grandes males, grandes soluções – mesmo que, para já, pareçam ficção científica. É o caso do projeto Crossbrain, financiado pelo Conselho Europeu de Inovação, no âmbito do Programa Horizonte Europa, no qual participa o Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL), em Braga. A proposta do consórcio, coordenado a partir da Universidade de Roma, é instalar uma rede de nanorrobôs no meio da vasta rede de neurónios. Esta federação de microbots – semelhantes a um mini cubo de 0,1 milímetro – poderá representar novas formas de medir e modular a atividade dos neurónios ou grupos de neurónios desregulados, atuando de forma a corrigir as alterações patológicas. “A ideia é interferir em situações aberrantes no cérebro que se podem medir e minimizar”, resume o investigador do INL, João Piteira.

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