“Não confio mais em nenhum outro socialista na Europa”: Montenegro vai reforçar apoio a Costa em encontro com Macron

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De visita a Paris, onde se encontrará nesta quarta-feira com o Presidente francês, o primeiro-ministro sublinhou que “é do interesse do país e da Europa” ter António Costa “à frente” do Conselho Europeu. “Não vejo na família socialista nem confio mais em nenhum outro socialista na Europa para desempenhar essa função”, declarou Luís Montenegro.

É esta a posição que o primeiro-ministro diz que transmitirá a Emmanuel Macron, com quem vai almoçar. “Não lhe direi nada diferente do que transmiti aqui”, afirmou Montenegro aos jornalistas na Gare de Orly, durante a inauguração de um mural do artista português Vhils.

“Estamos empenhados, motivados e otimistas relativamente à possibilidade de o doutor António Costa poder vir a desempenhar nos próximos dois anos e meio a função de presidente do Conselho. Quero reforçar que este empenho não é apenas por ele ser português: é por ser português, um europeísta, portador de valores de respeito pela paz, pela democracia, pela solidariedade política e económica entre os estados da União Europeia”, reiterou o primeiro-ministro.

“E na função específica de coordenador do Conselho Europeu, ter a habilitação para construir as pontes que são necessárias entre os Estados-membros e até entre algumas sensibilidades político-partidárias diferentes”, acrescentou.

ANTÓNIO COTRIM

Montenegro deixou ainda um recado para aqueles que “insistem em confundir isto com a conflitualidade política interna” e com o facto de ter sido líder da oposição e líder parlamentar quando Costa estava à frente do Governo. “Os planos não se confundem e os portugueses ainda recentemente, nas eleições europeias, deram ao PSD e ao PS uma votação expressiva, que representa 15 dos 21 mandatos no Parlamento Europeu”, recordou.

O primeiro-ministro espera, assim, que na próxima semana se obtenha um entendimento, que “também significará que a Europa está unida, coesa para iniciar um novo ciclo político nas instituições europeias para os próximos cinco anos”, numa altura em que “a instabilidade é grande”, existem “desafios económicos para vencer” e continuam as guerras na Ucrânia e no Médio Oriente.

O encontro com Macron nesta quarta-feira servirá também para “abordar todo o contexto das relações bilaterais, que são multifacetadas”. Com uma comunidade de “mais de um milhão de portugueses em França”, importa desenvolver as “relações históricas, económicas, culturais” que unem os dois países, apontou Montenegro.

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