Não há festa sem eles

4 meses atrás 90

Com o início do Euro 2024 ao virar da esquina, está na altura de conhecer todas as 24 equipas que vão participar no maior torneio de seleções do Velho Continente. Durante os dias que antecedem o pontapé de partida, o zerozero apresenta-lhe o perfil de cada seleção, assim como a sua figura e técnico.

Não são imunes a alguns excessos, a paixão britânica anima qualquer grande torneio de futebol. Os adeptos da Escócia esperam que os decibéis altos alavanquem a equipa para uma estadia bonita na Alemanha. A chegada à fase a eliminar é encarada como um objetivo e não um sonho. 

O Kick and Rush já lá vai e Steve Clarke tem sido bastante responsável pela mudança de chip dentro desta seleção. O talento permite um futebol mais bonito e trabalhado, uma equipa que não se limite à bola longa para fazer estragos nos rivais.

Em busca da história 

O momento, porém, não é fácil. A equipa entrou de forma fantástica no qualificação para o Europeu  - destaque para vitórias com a Espanha e na casa da Noruega -, no entanto, chega ao jogo de abertura desta competição de confiança abalada. Sete jogos sem vitórias apenas foram interrompidos após triunfo no Algarve contra a modesta seleção de Gibraltar. 

Outro dos problemas da preparação tem sido as lesões, algumas em elementos com influência. A ala direita ficou dizimada com a ausências dos jovens Aaron Hickey e Nathan Patterson. Adaptações vão ser necessárias.

Lewis Ferguson está também fora, enquanto Landon Dyckes reduz ainda mais as opções na frente de ataque: a escolha fica limitada à capacidade finalizadora de Lawrence Shankland - grande época no Hearts - e a facilidade de movimentação de Che Adams.

Vitória com a Espanha foi um dos pontos altos da qualificação @Getty /

No aspeto tático, a Escócia é um conjunto maleável e que tem variado entre uma zona recuada de quatro ou cinco elementos. Além da participação ativa dos alas - destaque para o capitão Robertson - no processo ofensivo, os médios têm liberdade para aparecer várias vezes em zonas avançadas. Prova disso, a mão cheia de golos apontados por Scott McTominay no apuramento. 

John McGinn, até pela sua polivalência, é um elemento livre e outro grande desequilibrador do conjunto escocês. Espera confirmar no Europeu a grande temporada realizada ao serviço do Aston Villa.

Como grande dúvida para o torneio, a capacidade de resposta do setor defensivo e na baliza. Angus Gunn é um guarda-redes sólido, não um elemento diferenciador. A agressividade e intensidade típicas continuam a fazer parte do jogo escocês, mas a seleção tem sido demasiado permeável a sofrer golos.

Sem nunca ter conseguido ultrapassar a fase de grupos, o repto está lançado aos homens de Steve Clarke. Alemanha, Suíça e Hungria apresentam-se como testes fortes, aliciantes a uma gracinha. Seria um prémio bonito para os fiéis escoceses nas bancadas.

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