Navio à deriva com incêndio após novo ataque ao largo do Iémen

1 mes atrás 61

O navio mercante, não identificado, tinha sido anteriormente atingido por três projéteis no Mar Vermelho.

"O comandante relatou um novo ataque com um projétil desconhecido. Há um incêndio a bordo e o navio perdeu a potência do motor. O navio está à deriva e sem direção", disse a UKMTO, numa atualização sobre o incidente.

O comandante também informou que uma pequena embarcação estava "a agir de forma suspeita nas proximidades", acrescentou.

De acordo com a agência, não foi comunicada a ocorrência de vítimas até ao momento, embora se desconheça o destino da tripulação.

A UKMTO precisou que o ataque ocorreu 77 milhas náuticas (cerca de 142 quilómetros) a oeste de Al Hodeida.

Trata-se de um dos principais portos do Iémen de onde os rebeldes xiitas huthis têm lançado ataques contra navios ligados a Israel.

O ataque não foi reivindicado de imediato.

Segundo o comandante do navio, que não foi identificado, duas pequenas embarcações começaram por se aproximar do navio durante a noite.

"A primeira embarcação tinha entre três e cinco pessoas a bordo, enquanto a segunda tinha cerca de 10", disse a UKMTO, citada pela agência espanhola EFE.

As duas pequenas embarcações apontaram para o navio mercante, "o que levou a uma breve troca de tiros de armas ligeiras", referiu.

Após o primeiro incidente com as embarcações, o navio foi atingido por três projéteis, tendo sofrido posteriormente um novo ataque.

O incidente ocorreu após mais de uma semana sem qualquer ação dos rebeldes apoiados por Teerão contra navios no Mar Vermelho e no Mar Arábico.

Os rebeldes huthis têm vindo a atacar navios ligados a Israel desde novembro passado, em defesa dos palestinianos na Faixa de Gaza e com o objetivo de prejudicar Israel economicamente.

Os ataques no Mar Vermelho e no Golfo de Aden, zonas essenciais para o comércio mundial, fizeram disparar os custos dos seguros e levaram muitas companhias a navegar numa rota muito mais longa pelo extremo sul de África.

Os Estados Unidos, maior aliado de Israel, criaram em dezembro uma força multinacional para proteger a navegação na zona estratégica e lançaram os primeiros ataques no Iémen em janeiro, com a ajuda do Reino Unido.

Os huthis integram o chamado "eixo de resistência", uma coligação liderada pelo Irão que também integra, entre outras organizações, o grupo extremista palestiniano Hamas e as milícias libanesas do Hezbollah.

A guerra em curso, com mais de 40.000 mortos, foi desencadeada por um ataque do Hamas em solo israelita em 07 de outubro de 2023, seguido de uma ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza.

Leia Também: Navio mercante atacado ao largo do Iémen

Ler artigo completo