Navio mercante atacado ao largo do Iémen sem danos nem vítimas

2 meses atrás 666

O ataque ocorreu a 70 milhas náuticas (cerca de 130 quilómetros) a sudoeste da cidade portuária de Hodeida, controlada pelos rebeldes huthis no Iémen, segundo a agência United Kingdom Maritime Trade Operations (UKMTO), da Marinha britânica.

A operação foi realizada por três embarcações, duas das quais com três pessoas a bordo cada, enquanto a terceira era controlada à distância, precisou a UKMTO, citada pela agência noticiosa francesa AFP.

"A pequena embarcação não tripulada colidiu com o navio duas vezes e as duas embarcações tripuladas dispararam contra o navio", disse a UKMTO.

O ataque durou 15 minutos, segundo a mesma fonte.

"A embarcação e a tripulação estão a salvo e o navio dirige-se para o próximo porto de escala", acrescentou.

A UKMTO afirmou numa declaração posterior que o mesmo navio tinha registado a explosão de três mísseis "nas suas imediações", que não o atingiram.

A empresa britânica de segurança marítima Ambrey também comunicou o ataque, mas disse que o navio tinha uma equipa de segurança privada armada a bordo.

Nem a Ambrey nem a UKMTO identificaram o navio ou os autores do ataque.

A Ambrey disse que o ataque era uma reminiscência de incidentes anteriores reivindicados pelos rebeldes huthis.

Os rebeldes próximos do Irão que controlam parte do Iémen devastado pela guerra têm vindo a realizar ataques ao largo da costa do país desde novembro.

Disseram que os ataques visam navios que sirvam portos israelitas em solidariedade com os palestinianos, no contexto da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza.

Os ataques no Mar Vermelho e no Golfo de Aden, zonas essenciais para o comércio mundial, fizeram disparar os custos dos seguros e levaram muitas companhias a navegar numa rota muito mais longa pelo extremo sul de África.

Os Estados Unidos, um aliado próximo de Israel, criaram em dezembro uma força multinacional para proteger a navegação na zona estratégica e lançaram os primeiros ataques no Iémen em janeiro, com a ajuda do Reino Unido.

A contraofensiva não dissuadiu os huthis, que dizem estar agora a atacar também navios norte-americanos e britânicos.

Os huthis integram o chamado "eixo de resistência", uma coligação liderada pelo Irão de que faz parte também, entre outros, o grupo extremista palestiniano Hamas e as milícias libanesas do Hezbollah.

A guerra entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque do grupo palestiniano em solo israelita, em 07 de outubro, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

Em retaliação, Israel lançou uma ofensiva militar na Faixa de Gaza que provocou mais de 38.600 mortos e a destruição de grande parte das infraestruturas do pequeno enclave palestiniano governado pelo Hamas desde 2007.

Leia Também: Irão rejeita acusações dos EUA sobre envio de armas para o Iémen

Ler artigo completo