​“Negociar seriamente” e “disponibilidade para ceder”. PS explica ao Governo como evitar eleições

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Estado da Nação

17 jul, 2024 - 14:49 • Cristina Nascimento

Na última intervenção do debate do Estado da Nação, secretário-geral socialista admite que propostas do Governo sobre IRS e IRC “são muito problemáticas para o PS” diz esperar pela “iniciativa do Governo” para discutir alternativas.

O secretário-geral do PS deu orientações ao Governo se este “quiser de forma genuína evitar eleições antecipadas”.

Na reta final do debate do Estado da Nação, Pedro Nuno Santos aconselhou o executivo a “reconhecer a sua condição minoritária, negociar seriamente e ter disponibilidade para ceder”.

O socialista passou ainda a iniciativa da negociação para o lado de Luís Montenegro, lembrando que “aguarda a iniciativa do Governo e as suas sugestões para ultrapassar um eventual impasse orçamental”.

Pedro Nuno Santos identifica duas matérias fiscais em particular, esclarecendo que “não é segredo para ninguém que as propostas do Governo para o IRS e IRC tal como as conhecemos são muito problemáticas para o PS”.

O líder socialista acrescentou que, no quadro de negociação com o Governo, farão propostas e depois avaliarão o resultado das conversas.

“No fim, se fizermos uma avaliação positiva, viabilizaremos. Se não, chumbaremos”, rematou.

No início da intervenção final de Pedro Nuno Santos, criticou o primeiro-ministro "por não saber que as medidas de alívio fiscal repetem-se todos os anos", assegurando que a descida de IRC que o Governo quer implementar vai custar 500 milhões de euros em 2025, mil milhões de euros em 2026 e dai em diante terá um custo anual de 1.500 milhões de euros.

O custo do alívio do IRC já tinha sido levantado pelo secretário-geral do PCP.

Ao longo do debate, a esquerda parlamentar acusou por várias vezes o atual governo de trabalhar para os que já são mais favorecidos, uma tese rejeitada pelo primeiro-ministro que pediu aos deputados para terem vergonha.

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