«Nem que seja por uma unha, a nossa marca está na conquista da Conference por parte do Olympiacos»

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Carlos Carvalhal, treinador português atualmente sem clube, marcou presença no primeiro dia do Fórum Internacional da Quarentena da Bola, evento no qual o zerozero assume o papel de media partner, e abordou vários temas relacionados com a sua carreira.

De forma natural, a saída do Olympiacos, último projeto no qual esteve envolvido, foi motivo de conversa. «Nas minhas escolhas ninguém [da direção] se meteu; quando se meteram no passado eu saí. As coisas ainda não estão totalmente esclarecidas em relação ao Pedro Alves [antigo diretor desportivo dos gregos], portanto não me quero alongar muito. O que posso dizer é que fui convidado para assistir à final da Conference League e estive lá de bom grado. O que sinto é que, nem que seja por uma unnha, a nossa marca está nesta conquista. Com o plantel que tinha, o Olympiacos não tinha hipóteses de passar mais uma eliminatória, nós deixámos um plantel muito bom», vincou o técnico, em alusão às contratações feitas no mercado português. 

Carlos Carvalhal
4 títulos oficiais

Questionado sobre o principal fator que o fará abraçar um novo projeto, Carvalhal foi perentório: «Ser um campeonato bom. Estive com dois pés num clube espanhol, mas não se concretizou. Tem-me aparecido os extremos, mas eu queria o meio. Se não aparecer o que quero, tenho de de decidir. Um campeonato financeiramente mais apelativo onde possa fazer um bom trabalho desportivo ou ficar em casa. Gostava de dar continuidade ao que fiz no Rio Ave, no SC Braga e no Celta.»

O técnico, que analisou de forma bastante completa as épocas de clubes como Real Madrid e Bayer Leverkusen juntamente com o moderador Carlos Daniel, debroçou-se também sobre a gestão das cargas dos atletas, tema em foco no primeiro painel do evento. «Um jogador agora joga no sábado, recupera no domingo de manhã e, se for preciso, ainda trabalha com o PT no domingo à tarde. O músculo precisa de descansar. Não estou a tirar mérito aos PTs, até porque há muitos que trabalham bem, mas isto é algo que está na moda; é o carneirismo. Atribui-se uma grande responsabilidade à densidade de jogos- que também tem peso-, mas o mais importante é o que se faz entre jogos», considerou.

O técnico, de resto, recordou uma situação em específico com Wilfried Bony, nos tempos de Swansea: «Dois dias antes de um jogo vi-o a treinar na praia com o PT e só me benzia. Pensei em falar com ele depois do jogo, até porque não estava a contar lançá-lo. Ainda assim, ele entrou a seis minutos do fim e acabou por sofrer uma lesão nos cruzados. Passado um mês expliquei-lhe porque é que tinha acontecido.»

Por fim, Carlos Carvalhal considerou que a «crença» será o fator diferenciador para Portugal poder vencer o Campeonato da Europa de 2024.

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