Netanyahu aceita convite para discursar no Congresso dos EUA

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"Estou encantado com o privilégio de representar Israel perante as duas câmaras do Congresso e dizer-lhes a verdade sobre a nossa guerra justa contra aqueles que procuram matar-nos", disse Netanyahu num breve comunicado.

Netanyahu será, segundo o seu gabinete, o primeiro líder estrangeiro a discursar nas duas câmaras do Congresso dos Estados Unidos pela quarta vez.

O Congresso norte-americano convidou na sexta-feira Netanyahu a discursar perante ambas as câmaras para falar sobre a "defesa da democracia" e a "luta contra o terrorismo".

Numa carta, líderes republicanos e democratas no Senado e na Câmara dos Representantes convidaram o Presidente israelita a intervir no Congresso para expor a visão de seu governo sobre como "estabelecer uma paz justa e duradoura na região".

O convite ocorreu no mesmo dia em que o Presidente norte-americano, Joe Biden, revelou uma proposta israelita ao grupo palestiniano Hamas, que apresentou como um roteiro que pode terminar a guerra na Faixa de Gaza e libertar os reféns que permanecem no enclave.

Biden explicou que a primeira fase do acordo duraria seis semanas e incluiria um "cessar-fogo total e completo", a retirada das forças israelitas das áreas povoadas da Faixa de Gaza e a libertação de reféns em posse do Hamas, incluindo os norte-americanos, mulheres, idosos e os feridos, em troca de centenas de prisioneiros palestinianos.

A assistência humanitária seria aumentada, com 600 camiões autorizados a entrar no enclave palestiniano todos os dias.

A segunda fase incluiria a libertação de todos os reféns vivos restantes e as forças israelitas abandonariam as suas posições em todo o território da Faixa de Gaza.

Por fim, a terceira fase exige o início de uma grande reconstrução da Faixa de Gaza, que enfrenta décadas de trabalhos devido à devastação causada pela guerra.

O Governo israelita considerou que a sua nova proposta de trégua na Faixa de Gaza anunciada por Biden permitirá alcançar todos os seus objetivos militares, incluindo a eliminação das capacidades do grupo palestiniano Hamas.

Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza após um ataque mortífero do Hamas em 07 de outubro, no qual militantes palestinianos invadiram o sul do território israelita, mataram quase 1.200 pessoas, na maioria civis, e levaram cerca de 250 como reféns.

A operação israelita em grande escala de retaliação no enclave palestiniano já matou mais de 36 mil pessoas, na maioria também civis, de acordo com o governo local do Hamas, e deixou o território numa grave crise humanitária.

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