"Sim, há divergências sobre o dia a seguir ao Hamas", afirmou Netanyahu, num comunicado divulgado pelo seu gabinete.
Os Estados Unidos, principal parceiro de Israel, propuseram que a Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), que governa partes reduzidas da Cisjordânia ocupada, assumisse o controlo da Faixa de Gaza após a guerra, proposta que Netanyahu rejeitou veementemente em várias ocasiões.
"Depois do grande sacrifício dos nossos civis e dos nossos soldados, não permitirei que aqueles que educam para o terrorismo, apoiam o terrorismo e financiam o terrorismo entrem em Gaza", disse Netanyahu.
Apesar de ter perdido o controlo de Gaza em 2007, após o Hamas ter tomado o poder através da força, a ANP, liderada pelo Presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, mantém acordos de cooperação com Israel ao abrigo dos Acordos de Oslo de 1993-1995.
"Não permitirei que Israel repita o erro de Oslo", sublinhou Netanyahu, cujo governo de direita e de extrema-direita tem promovido políticas de ocupação e colonização na Cisjordânia ocupada.
"Gaza não será nem Hamastan nem Fatahstan", disse Netanyahu, referindo-se ao grupo islamita Hamas e ao partido Fatah, liderado por Abbas.
A guerra entre Israel e o Hamas começou em 07 de outubro, quando grupo islamita atacou, de surpresa e com uma força inédita, o território israelita, matando, segundo as autoridades de Telavive, 1.200 pessoas, na sua maioria civis, e fazendo mais de 200 reféns.
Em retaliação, Israel tem bombardeado Gaza e bloqueou a entrada de bens essenciais como água, medicamentos e combustível.
Embora os dois lados tenham feito uma trégua de alguns dias para troca de prisioneiros e reféns, bem como para permitir o acesso de ajuda humanitária, os últimos dados atualizados das autoridades de Gaza, território controlado pelo Hamas desde 2007, apontam para mais de 18 mil mortos e 50 mil feridos no enclave palestiniano.
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