Pegar no carro, arrancar pela A22, 70 quilómetros pela frente e disputar 90 minutos. Na 69ª vez que o Portimonense e Farense se enfrentaram na história, a turma caseira sorriu ao vencer por 1-0. Paulo Sérgio operou quatro mudanças no onze inicial: Nakamura regressou cinco meses depois, Formiga entrou para a posição de lateral direito e tanto Jasper como Ronnie Carrilo foram opção. Por outro lado, José Mota manteve todas as peças do tabuleiro. Casa muito bem composta em Portimão para viver um dérbi histórico. Passaram 80 anos do primeiro embate e ambos os emblemas respiram os ares de Primeira Liga. Respiram rivalidade e futebol. Os primeiros minutos foram simples de serem descritos. O Portimonense entrou feroz. Pedrão, Carrillo e Carlinhos tentaram a própria sorte, enquanto o Farense - com estilo de jogo já bem conhecido - procurou a ofensiva direta e rápida. Modo frenético. Mattheus Oliveira disparou de longe para enorme intervenção de Kosuke Nakamura, mas Ricardo Velho também não ficava atrás na exibição - algo que já tem habituado na Primeira Liga. Tudo empatado ao intervalo, com um ritmo morno à passagem da meia hora, mas duas equipas aguerridas em campo com vontade de fazer estragos no marcador. Estava bonito o dérbi! Nenhuma das equipas consegue vencer na casa da outra na Primeira Liga. E manteve-se. A segunda parte não teve tantas oportunidades como a primeira demonstrou. No entanto, a grande ocasião acabou concretizada. Carlinhos disparou uma bomba da marca dos onze metros, após ser aplicado castigo máximo contra o Farense. Ricardo Velho não teve hipótese. Depois do tento caseiro certo, tudo voltou a arrefecer. As ocasiões começaram a escassear, o jogo passou a ter pouca história. Nos últimos minutos, a bola ainda chegou por várias ocasiões a ambas as áreas de Nakamura e Velho, mas tudo se manteve inalterado. No final, o dérbi do Algarve acabou pintado a alvinegro com as cores do Portimonense. Quentinho como o Algarve no verão
Já dizia o histórico...