"No CDS, não sentimos necessidade de revisitar heranças coloniais e deveres de reparação"

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Emissão Renascença | Ouvir Online

25 abr, 2024 - 11:42 • João Carlos Malta , Eduardo Soares da Silva

O líder da bancada do CDS, Paulo Núncio, sem se referir a Marcelo Rebelo de Sousa, voltou a falar da herança colonial e dos deveres de reparação. Num encontro com jornalistas estrangeiros, Marcelo Rebelo de Sousa, disse que Portugal deveria reparar as vítimas da escravatura e do colonialismo.

"No CDS, não sentimos necessidade de revisitar heranças coloniais, deveres de reparação que parecem importados de outros contextos fora do nosso quadro. A história é a história e o nosso dever é o futuro", disse o líder da bancada do CDS, Paulo Núncio, no discurso da cerimónia solene dos 50 anos do 25 de abril.

As declarações aparecem um dia depois de no jantar de terça-feira com 29 correspondentes estrangeiros, o Presidente da República considerou ainda que Portugal deve pagar pelos crimes de escravatura da época colonial, altura em que o país traficou quase seis milhões de africanos.

Marcelo Rebelo de Sousa disse que Portugal “assume total responsabilidade” pelos erros do passado e que esses crimes, incluindo massacres coloniais, tiveram “custos”.

“Temos que pagar os custos”, disse Marcelo. "Há ações que não foram punidas e os responsáveis não foram presos? Há bens que foram saqueados e não foram devolvidos? Vamos ver como podemos reparar isso", acrescentou.

 Emissão especial 50 anos do 25 Abril

Núncio destacou ainda um "processo desastroso de descolonização que deixou famílias abandonadas à sua sorte", e focou o discurso em "quatro lições", com dedos apontados à pobreza, à legalização da eutanásia e aos 25 de Novembro, tema sobre o qual dedicou sensivelmente metade do seu discurso.

"O 25 de Novembro trouxe a democracia e liberdade plenas. Celebramos ambas as datas, sem exceção. E separar as datas é um erro histórico", afirmou.

Núncio disse que "a lusofonia é uma dimensão importante da CPLP. No CDS queremos desenvolver a matriz lusófona".

O CDS falou da necessidade de dar força aos festejos do 25 de abril juntamente com o 25 de Novembro.

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