Nobel da Literatura alerta para perigo que enfrentam presos políticos

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"Não existem informações sobre Maria Kolesnikova, Viktor Babariko. Não sabemos nada sobre Nikolai Statkevich. Existe a sensação de que podemos recear o pior em qualquer momento", disse Alexievich, 75 anos, ao jornal Nasha Niva.

A autora de "Vozes de Chernobil" e "A guerra não tem rosto de mulher"", atualmente a viver na Alemanha, recordou que o número de presos políticos ultrapassa os 2.000, e todos os seus líderes também estão detidos.

"Provavelmente algum encontra-se neste momento numa cela de isolamento", acrescentou numa referência aos longos períodos de Navalny em regime de isolamento, que segundo algumas fontes poderá ter deteriorado seriamente a sua saúde e precipitar a sua morte.

Segundo Alexievich, "os ditadores aprendem uns com os outros e a morte de Navalny abriu um abismo de permissividade" para os líderes autoritários em todo o mundo.

"Agora, pode esperar-se tudo", considerou.

O Presidente bielorrusso, Alexandr Lukashenko, poderá desta forma munir-se de uma espécie de "indulgência" e pensar que a sua repressão da oposição "ficará impune", assinalou.

Em particular, Kolesnikova, dirigente oposicionista de 41 anos, foi detida em setembro de 2020, um mês após as eleições presidenciais bielorrussas, consideradas fraudulentas pelo ocidente, e condenada no ano seguinte a 11 anos de prisão sob a acusação de liderar uma organização extremista.

Entre outros conhecidos presos políticos bielorrussos incluem-se Serguei Tijanovski, marido da líder opositora Sviatlana Tsikhanouskaya, e Viktar Babaryka, ex-candidato presidencial que cumpre uma condenação de 14 anos de prisão.

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