Nós, Cidadãos! em campanha. “Falei com a maior parte dos partidos para irmos juntos a eleições”

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04 mar, 2024 - 22:04 • Vasco Bertrand Franco

Partido sem assento parlamentar quer criar cooperativas de habitação para resolver a crise habitacional e envolver-se mais com as CPLP.

Joaquim Rocha Afonso - "Temos de usar um recurso exaustivo de referendos"
Presidente do partido admite ser complicado eleger um deputado, mas acredita que o futuro vai ser risonho

Joaquim Rocha Afonso, presidente do Nós, Cidadãos!, admite que a eleição de pelo menos um deputado é uma missão muito complicada, mas isso não o impede de falar sobre os possíveis cenários de coligações. O líder partidário afirma que é possível negociar com partidos que tenham uma visão a longo prazo para o país e avança que, neste momento, o único partido que respeita essa condição é o Livre.

Uma das lutas mais queridas do partido é a utilização de referendos para as decisões “políticas mais importantes, por ser a forma mais justa de as abordar”. O presidente defende que qualquer pessoa possa concorrer à Assembleia da República sem necessitar de partidos políticos.

“O sistema eleitoral tem que ser revisto e, o nosso objetivo é a eleição de pessoas para o parlamento que não tenham de estar obrigatoriamente ligadas a partidos. Que as pessoas possam concorrer, por exemplo, através de movimentos cívicos.”

O presidente do Nós, Cidadãos confirmou à Renascença ter contactado a maior parte dos partidos sem assento parlamentar, como a Nova Direita, JPP, PTP, MPT e RIR, para se coligarem e tentarem eleger deputados, no entanto não conseguiram chegar a um acordo.

Entre 2017 e 2021, o Nós, Cidadãos! foi eleito para o executivo da Câmara de Oliveira de Frades, algo que deixa Joaquim Rocha Afonso orgulhoso. No entanto deixa uma crítica à comunicação social, visto que ninguém deu importância a um feito que considera histórico, visto que o partido tinha sido fundado dois anos antes dessas autárquicas.

Joaquim Rocha Afonso critica também o Governo: “temos recebido milhões e milhões de euros da União Europeia e não se vê nada. Não se veem infraestruturas, não temos indústria, não temos agricultura nem pescas e o que há é residual”.

O presidente do NC diz que os “jobs for the boys” têm de terminar, porque o povo é que lhes paga os salários e esses “boys não servem para nada”.

O líder focou-se também na política externa, afirmando que Portugal deve continuar na União Europeia, mas não pode seguir cegamente as normas europeias.

Defende também que Portugal deve envolver-se mais com a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) para ser possível criar uma comunidade cultural.

Nestas declarações à Renascença, Joaquim Rocha Afonso também falou sobre a crise na habitação, dizendo que se forem criadas cooperativas de habitação a especulação imobiliária terminará e defendeu ainda que os jovens devem ser bonificados para poderem comprar casa.

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