Nova Iorque atinge o maior nível de pessoas sem-abrigo em quase 20 anos

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Este valor representa 2,4% a mais que em 2023 e é o valor mais elevado desde 2005, quando a Câmara nova-iorquina começou a elaborar este relatório.

Por ordem do governo dos EUA, o DSS realiza este estudo todos os invernos para determinar o número de pessoas sem-abrigo que vivem nas ruas e noutros espaços públicos, como parques ou estações de metro.

O documento é publicado num momento em que se regista uma profunda crise migratória em Nova Iorque, noticiou a agência Efe.

Em abril, cerca de 147 mil pessoas dormiam em abrigos na cidade, das quais 66 mil eram imigrantes e requerentes de asilo, segundo dados anteriores da autarquia.

No entanto, a comissária do DSS, Molly Wasow, garantiu esta quinta-feira, em entrevista ao portal City Limits, que o aumento de sem-abrigo em 2024 não está diretamente relacionado com a população imigrante.

Perante a crise migratória que Nova Iorque sofre desde 2022, o gabinete do presidente da Câmara respondeu recentemente limitando a permanência dos sem-abrigo em abrigos a 30 dias para solteiros e 60 dias para famílias com crianças.

O relatório foi fortemente criticado pela organização New York Homeless, que sugere que sua metodologia é defeituosa e que a estimativa "não chega nem perto de representar o número de moradores de rua" na cidade ou "a verdadeira extensão da crise dos sem-abrigo".

A associação aponta ainda a dificuldade de contabilizar todas as pessoas que vivem em estações de metro, em casas ilegais, em carros ou em outros locais improvisados.

"Para muitos, passar despercebido e evitar a deteção são técnicas essenciais de sobrevivência", destacou, em comunicado.

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