Nova vaga de ataques em Beirute antecede aniversário de conflito

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Os ataques foram precedidos por avisos das Forças de Defesa de Israel (IDF) aos moradores para se afastarem de quatro edifícios no grande subúrbio sul de Dahieh, um bastião do Hezbollah, onde, no dia 24 de setembro, foi morto o seu líder histórico, Hassan Nasrallah.

Outros ataques foram registados em várias regiões no sul do Líbano, onde as forças israelitas iniciaram uma invasão terrestre no dia 01 de outubro.

Hoje, dia do primeiro aniversário do ataque do grupo palestiniano Hamas em Israel, desencadeando a guerra na Faixa de Gaza, o seu aliado xiita libanês emitiu um comunicado em que declara que "não há lugar para esta entidade sionista temporária na nossa região e no nosso tecido social, cultural e humano", referindo-se a Israel.

O Hezbollah refere-se aos ataques do Hamas, que provocaram cerca de 1.200 mortos no sul de Israel em 07 de outubro de 2023, de onde foram também levados perto de 250 reféns, como "uma heroica operação", que terá "efeitos históricos e resultados estratégicos em toda a região até que a justiça seja alcançada".

O grupo armado apoiado pelo Irão justifica que a abertura de uma nova frente de guerra no norte de Israel, desde há um ano, em apoio ao Hamas, é não só não só uma "decisão do lado da verdade, da justiça e da humanidade", como também "uma decisão de defender o Líbano e o seu povo" contra as forças isralitas.

"O tempo das derrotas passou e a vitória de Deus chegou", declara ainda o Hezbollah, que, além de Nasrallah, sofreu nas últimas semanas pesadas baixas nas suas lideranças militares, à medida que Israel anunciava a transferência das suas operações na Faixa de Gaza, onde as autoridades locais, controladas pelo Hamas contabilizam cerca de 42 mil mortos, na maioria civis, no último ano, para o território libanês.

Beirute despertou hoje como todas as manhã, desde que as forças israelitas intensificaram, a partir de 23 de setembro, os seus ataques contra o Hezbollah, num ambiente de normalidade, com os habitantes dedicados às suas rotinas no centro da cidade, sob o habitual zumbido dos drones israelitas que patrulham a cidade.

Nos arredores sul, perto do aeroporto, erguem-se como, quase todas as manhãs, colunas de fumo negro, sinalizando os ataques da última madrugada.

Os militares de Telavive justificam que o ataques no Líbano se destinam a enfraquecer as capacidades do Hezbollah de atacarem o norte de Israel, onde nos últimos meses, cerca de 60 mil pessoas abandonaram as suas casas.

Na noite de domingo, os alarmes soaram e explosões foram ouvidas em Haifa, no norte de Israel, na noite de domingo, e o Hezbollah reivindicou o ataque.

O Hezbollah indicou que atacou uma base militar a sul de Haifa e a imprensa israelita noticiou que pelo menos dois 'rockets' atingiram a cidade de Haifa, provocando estragos e feridos.

A guerra entre Israel e o Hezbollah provocou mais de dois mil mortos, de acordo com as autoridades libanesas, dos quais mais de metade nas ultimas duas semanas.

As hostilidades levaram igualmente a que cerca de 1,2 milhões de pessoas fugissem das suas casas, nas regiões sul e leste do país e nos grandes subúrbios sul da capital, na maior crise desde oúltimo conflito entre Israel e io grupo libanês apoiado pelo Irão em 2006.

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