Novo aeroporto? "Discussões espúrias que servem para atrasar projeto"

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A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua, lamentou, esta quinta-feira, as discussões sobre o hipotético novo aeroporto de Lisboa, referindo: "Há quem se entretenha em discussões espúrias que apenas servem para atrasar este projeto e para continuar a servir os interesses de uma empresa privada, a ANA, que os ganhou numa privatização que lesou o interesse público".

"Mas isso é a Direita a governar", atirou, em declarações aos jornalistas após uma reunião com trabalhadores da Autoeuropa, antes de argumentar que "o caso da TAP mostra, como muitos outros mostram, que ter gestores pagos a peso de ouro não é garantia de boa gestão".

"Conhecemos isso porque o BE, a seu tempo, propôs uma comissão de inquérito à gestão da TAP e fizemo-lo bem, porque destapou a forma a empresa era mal gerida. Pela sua CEO, que tem responsabilidades sobre a indemnização milionária que foi paga, mas também pela tutela. O Ministério das Infraestruturas, como sabemos, cometeu vários erros e o Governo cometeu vários erros na gestão da TAP e também tem responsabilidades nesse processo", continuou ainda.

Responsabilidades estas, disse, "não só na indemnização milionária que foi paga a uma administradora da TAP, mas também na forma como a própria demissão da CEO da TAP foi feita, abrindo portas a potenciais litigâncias da TAP contra a CEO, mas da CEO contra o Estado".

"Tudo isto poderia ter sido evitado com uma gestão que fosse mais cautelosa, mais rigorosa e mais exigente", afirmou, apontando o dedo "à gestão de Pedro Nuno Santos enquanto ministro das Infraestruturas", mas também "do Governo de maioria absoluta, que, aliás, partilhou com o Ministério das Finanças que teve responsabilidades em todo este processo", concluiu.

Atualizações salariais de professores? "Pagamentos que as eleições desbloquearam são bem-vindos"

Mariana Mortágua, disse, também, sobre as atualizações salariais que vão abranger alguns professores em fevereiro, que "todos os pagamentos que as eleições desbloquearam são bem-vindos".

"O que é irónico é que sejam precisas eleições para que uma série de pagamentos e medidas que são justas saiam da gaveta do Ministério das Finanças e entrem em vigor", lamentou, em declarações aos jornalistas após uma reunião com os trabalhadores da Autoeuropa, em Palmela, distrito de Setúbal.

Mariana Mortágua considerou, também, que "é preciso respeitar os professores, os profissionais de saúde e as pessoas que precisam de ter uma casa e não têm", e que "se as eleições foram o facto necessário para poder fazer justiça em algumas medidas, então, venham por bem".

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