Número de mortos em acidente com autocarro em Moçambique sobe para 26

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"Não temos a certeza se é o último corpo encontrado, mas estamos no terreno a procurar", descreveu hoje fonte dos bombeiros na província de Sofala.

Na quarta-feira, já tinham sido recuperados outros dois corpos, com cerca de 30 anos, num riacho, local onde o autocarro se imobilizou após o acidente provocado por uma eventual ultrapassagem irregular.

Uma comissão criada pelo Instituto Nacional dos Transportes Rodoviários (Inatro) moçambicano vai investigar, juntamente com a polícia e a Rede Viária de Moc¸ambique (Revimo), as circunstâncias deste acidente.

De acordo com o presidente do Inatro, Chinguane Mabote, esta comissão vai realizar trabalhos de peritagem e produzir um relatório sobre o acidente, que provocou ainda 48 feridos, sete dos quais permanecem em estado grave, após a colisão frontal entre um autocarro, que alegadamente realizava uma ultrapassagem irregular, e um camião, na estrada Nacional 6 (N6), em Mafambisse, província de Sofala.

"Vamos até às últimas consequências, porque isso que aconteceu aqui é praticamente aquilo que nós podemos chamar de terrorismo rodoviário, não há outra explicação para quem se faz ao volante com a responsabilidade de carregar pessoas", disse ainda Mabote, em declarações aos jornalistas na Beira, capital da província de Sofala.

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, lamentou na segunda-feira este acidente, pedindo medidas para travar este flagelo.

"[Apelo] para que todos nós façamos alguma coisa para que esse tipo de mortes não possa acontecer", disse Nyusi, à margem de uma visita à província de Inhambane, no sul do país.

As 26 vítimas mortais seguiam a bordo do autocarro dos Transportes Públicos do Dondo (TPD).

Moçambique registou mais de 4.800 mortos em acidentes de viação nos últimos cinco anos, de acordo com dados revelados em 22 de maio pelo Governo, que apela ao envolvimento da sociedade para travar o flagelo.

"A situação de segurança rodoviária em Moçambique é deveras preocupante, na medida em que nos últimos cinco anos, por exemplo, morreram 4.812 pessoas nas nossas estradas, em resultado de 5.459 acidentes de viação", disse o secretário permanente do Ministério dos Transportes e Comunicações, Ambrósio Sitoe.

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