"A contagem [inicial] aumentou. Passámos de 13 para 18 corpos de civis mortos num ataque das ADF aqui em Mambasa" na província de Ituri, disse à agência noticiosa EFE o deputado provincial Leku Puebo.
"Todos os dias são mortos civis. São sempre as ADF que estão por detrás destes ataques", acrescentou o deputado, lamentando também o desaparecimento de um número desconhecido de pessoas.
O ataque ocorreu na passada segunda-feira à noite nas aldeias de Kakumbukumbu e Nakota, na zona de Babila-Babombi.
"Devo confessar que a situação ainda é difícil nas duas aldeias, onde tudo está parado porque acabámos de enterrar alguns corpos", indicou Puebo.
As ADF são um grupo rebelde ugandês, mas estão atualmente sediadas no Kivu do Norte e em Ituri, onde realizam ataques constantes.
Os seus alvos não são claros, além de uma possível ligação ao Estado Islâmico (EI), que por vezes reivindica a responsabilidade pelos seus ataques.
Embora os peritos do Conselho de Segurança das Nações Unidas não tenham encontrado provas de apoio direto do EI, os Estados Unidos identificaram as ADF, em março de 2021, como uma "organização terrorista".
As autoridades ugandesas também acusam o grupo de organizar ataques no seu território e, em novembro de 2021, os exércitos do Uganda e da República Democrática do Congo (RDCongo), que faz fronteira com Angola, iniciaram uma operação militar conjunta para combater os rebeldes.
Desde 1998, o leste da RDCongo está mergulhado num conflito alimentado por milícias rebeldes e pelo exército, apesar da presença da missão da ONU no país (MONUSCO).
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