Nuno Borges: «Quando comecei a jogar nunca pensei me meter nesta alhada»

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Nuno Borges regressou, na tarde desta segunda-feira, a Lisboa. Uma hora depois de o ciclista João Almeida dominar as atenções no Aeroporto Humberto Delgado, o tenista maiato falou aos jornalistas sobre a conquista no Open de Bastad, na Suécia, diante de Rafael Nadal.

«É sempre um alívio gigante, por aquela tensão acumulada em jogo, a pensar no que não devia, ao invés de me focar. Estou muito feliz e mais tranquilo. O ténis é uma loucura, por vezes», começou por referir.

Questionado sobre as memórias que guarda do princípio da tarde de domingo, o tenista, de 27 anos, salientou o momento do aquecimento, de frente para Nadal: «Foi surreal. Tentei desfrutar ao máximo, contra o melhor de sempre em terra batida. Foi só viver o momento e acabou por correr bem».

Ainda que admita ser «intimidante» jogar ante o espanhol, de 38 anos, Nuno Borges sente ter realizado «um grande jogo».

«Estive bem nos momentos decisivos e soube lidar com os erros», atirou.

«Ténis merece outro patamar na atenção dos portugueses»

Doravante, Nuno Borges figura da elite do ténis nacional, ao lado de João Sousa, uma vez que foram os únicos a vencer finais ATP. Para o atleta, um dos objetivos da carreira passa por receber esse legado e inspirar as próximas gerações.

 «Cresci a ver o João Sousa, o Rui Machado e o Frederico Gil, todos a jogarem finais ATP. Tudo isso foram marcos, enquanto jovem atleta, porque serviram de inspiração. Espero, agora, inspirar os mais novos», comentou.

Quanto aos Jogos Olímpicos, o tenista maiato admite que a aposta em terra batida neste ano serviu de preparação para Paris 2024.

«Este ano é especial e tudo teve em conta a proximidade dessa competição. Continuo a competir nos melhores torneios do mundo, com os melhores, a tentar puxar por mim e a tentar fazer novos “brilharetes”. E este é o “toque e foge”, amanhã [terça-feira] já deverei viajar para Paris», revelou.

Antes do descanso e de centrar atenções nos Jogos Olímpicos, Nuno Borges foi desafiado a revelar as sensações de contar com a atenção do país.

«Tudo isto ainda é estranho, todo este mediatismo. Quando comecei a jogar nunca pensei me meter nesta “alhada”. Nunca fui de puxar as atenções, sempre me mantive no meu canto. Acho que este reconhecimento é ótimo, porque o ténis merece outro patamar na atenção dos portugueses. Trará outro entusiasmo ao desporto», concluiu.

A vitória sobre Rafael Nadal valeu a Nuno Borges a melhor classificação de sempre no ranking ATP. A conquista em Bastad elevou o tenista português ao lugar 42.

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