Nuno Lobo 'trocava' Samuel Portugal pelo futsal: «Pinto da Costa disse que não gostava de futebol dentro de pavilhão»

Nuno Lobo esteve na tarde deste sábado na casa do FC Porto de Espinho e admitiu que "há muitas coisas" que não concorda atualmente no clube, apesar de recusar a ideia de que tudo esteja mal. "É preciso mudar, mas não é preciso uma revolução", atirou o candidato às eleições do dia 27 de abril, que deixou ainda algumas sugestões à atual direção. 

"Temos de apostar muito nas modalidades. No futsal, por exemplo. Disse ao presidente que os 1,5 milhões de euros que demos pelo Samuel Portugal davam para a equipa de futsal. O presidente disse que não gostava de futebol dentro de pavilhão", revelou Nuno Lobo, utilizando depois o exemplo do Sporting para destacar como deve trabalhar um bom departamento de scouting. 

"O scouting é um exemplo do que está mal: tivemos um jogador há uns anos comprado ao V. Setúbal: o Cissokho. 300 mil euros, depois fizemos uma mais-valia de milhões. Atualmente há um exemplo infeliz para nós, feliz para os verdes e brancos, que têm 5 ou 6 jogadores que vieram de Famalicão, Tondela... O Diomande. Mafra? Mafra! Temos tido um péssimo scouting. Fizemos agora uma grande aquisição, que vai dar muitos frutos, a nível desportivo e financeiro. Temos muitas saídas dos jogadores a custo zero. Há situação do Mbappé no PSG. Quantos milhões investiram? Isso pode acontecer ao FC Porto. Temos de acautelar essas mudanças. O Varela tem contrato de 3 anos, por que não encetar já negociações? O Ruben Dias foi para o Man. City e ao fim da primeira época renovou por dois anos. Nós também temos de nos antecipar", sugeriu o candidato à presidência, que pede também mais e melhor na formação. 

"O nosso querido presidente há anos promete uma academia. Ainda não vi as máquinas ou as pedras. O FC Porto será sempre um clube vendedor. Tanto é que no caso do Luis Diaz, um ativo fantástico, por valores estapafúrdios. Tivemos a saída do Fábio, a do Rúben Neves por 18 milhões. Tivemos um grande empresário que trabalhou muitos anos connosco, depois de uma zanga deixou de estar. Não temos grandes empresários a trabalhar diretamente com o FC Porto. Todas as vendas são para tapar buracos financeiros", considerou.