Nuremberga é maior de idade e tem filha: eis a Batalha de Hamburgo

2 dias atrás 25

A Turquia está apurada para os oitavos de final do Campeonato da Europa. Esta quarta-feira, os turcos bateram a Chéquia (1-2), em Hamburgo, e confirmaram o segundo lugar do Grupo F, que dá o acesso direto à fase seguinte da prova. Num jogo muito acidentado e repleto de cartolinas, um grande pontapé de Cenk Tosun, em período de descontos, decidiu.

O jogo prometia e os minutos iniciais foram animados, ainda que muito faltosos. O critério da equipa de arbitragem também se revelou muito apertado e, por isso, os cartões não demoraram a sair do bolso. Sofreram com isso os checos, que aos 20 minutos viram Barák receber ordem de expulsão.

Ainda que em inferioridade numérica, a Chéquia não se encolheu. Com outra cautela, é certo, mas a formação checa continuou a procurar chegar ao último terço, algo natural tendo em conta que só o triunfo satisfazia as pretensões da equipa de Ivan Hasek.

Embora com mais um elemento, a Turquia sofreu para desmontar um bloco adversário ainda mais organizado e compacto depois da expulsão. Com sucesso, a Chéquia remeteu os turcos quase sempre para o remate exterior, muitas das vezes com Arda Güler e Hakan Çalhanoglu como protagonistas e sempre com o mesmo desfecho: sem perigo para a baliza de Stanek. Por isso, o empate assentava na perfeição em tempo de intervalo.

A Batalha de Hamburgo

Está familiarizado com a célebre Batalha de Nuremberga, ocorrida a 25 de junho de 2006 entre Portugal e Países Baixos, em pleno Campeonato do Mundo? Naquele dia foram exibidos 16 cartões amarelos e quatro cartões vermelhos. Esta quarta-feira, um dia depois depois de Nuremberga ter atingido a maioridade, descobriu-se que tem uma filha: eis a Batalha de Hamburgo.

A segunda parte começou animada, com um grande golo de Hakan Çalhanoglu. Pouco depois, a primeira de várias peripécias, com o guarda-redes Stanek a ter que ser substituído por lesão. Perante tantas contrariedades, nem assim os checos baixaram os braços e Soucek empatou na sequência de uma bola parada (66'), devolvendo uma réstia de esperança aos checos.

Depois do golo checo, pouco se jogou. A agressividade e as emoções à flor da pele tomaram conta do relvado e István Kovács não teve mãos a medir, disparando uma série de cartões amarelos tanto dentro como fora das quatro linhas. O total: 18 cartões amarelos, dois cartões vermelhos. Nem com a partida terminada as admoestações pararam, já que um sururu entre elementos das duas equipas resultou na expulsão de Chory e em amarelos para Soucek e Güler.

Ah! Já nos esquecíamos: pelo meio, Cenk Tosun fez explodir as redes checas com um grande pontapé que garantiu a vitória turca, aos 90+4'. Mas numa segunda parte com mais interrupções e cartões do que propriamente futebol, quem é que se vai lembrar disso?

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