O algoritmo do amor

6 meses atrás 56

É mais forte do que nós. O ser humano está biologicamente predisposto para o amor. Helen Fisher, antropóloga americana, estudou o assunto a sua vida toda, realizando múltiplas experiências com voluntários que se deixaram analisar, incluindo por técnicas de ressonância magnética funcional, nas diversas fases de um relacionamento amoroso. Uma das descobertas mais fascinantes de Fisher é a de que a região cerebral em que nasce este sentimento está mesmo ao lado dos centros da fome e da sede – o que dá uma ideia de quão essencial é à sobrevivência da espécie. “Está muito abaixo do córtex onde ocorre o pensamento, muito abaixo das áreas límbicas relacionadas com as emoções. Está numa região básica do cérebro ligada ao impulso, ao desejo, à concentração, à motivação, ao otimismo,” disse Fisher ao podcast de Sanjay Gupta, o especialista em saúde da CNN. “A sede e a fome mantêm-nos vivos, hoje. O amor romântico impulsiona-nos a formar uma parceria e a enviar o nosso ADN para o amanhã.”

A partir dos tais estudos, em que o cérebro de mais de uma centena de voluntários foi analisado ao pormenor, a antropóloga chegou a uma espécie de fórmula do amor, baseada em quatro sistemas cerebrais de neurotransmissores e hormonas – dopamina, serotonina, estrogénio e testosterona. Com esta informação, a cientista criou um teste de personalidade, o Inventário de Temperamento de Fisher, que classifica os participantes, mediante as respostas a um questionário, em quatro categorias: exploradores, construtores, negociadores e diretores.

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