O ano de 2024 na Lusofonia: entre eleições e confirmações

9 meses atrás 58

Os dois temas essenciais entre os países da CPLP serão as eleições presidenciais em Moçambique – com o ciclo Filipe Nyusi a chegar ao fim – e o eterno estado de sítio na Guiné-Bissau.

Num quadro em que há uma nova ordem mundial em construção – por muito que ninguém saiba qual é o sentido dessa construção – as afinidades histórico-culturais podem ser um cimento com forte importância, que poderá fazer da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) um grupo distintivo. Vários analistas apontam para este conceito – e um deles, Jaime Nogueira Pinto, vai mesmo mais longe (como disse há meses num colóquio organizado pelo JE), ao afirmar que “as complementaridades económicas também contam muito”. Talvez o grande desafio da lusofonia em 2024 seja o crescimento dessas complementaridades – consolidadas com o Brasil, numa fase de aprofundamento com Angola (apostada na diversificação da sua economia), mas mais atrasada noutros casos.

Com o ano de 2023 a ser marcado por várias eleições que pouco clarificaram o ambiente político, Timor-Leste continua à procura do seu próprio caminho. Quem ultrapassou essa fase foram os guineenses, que quiseram dar uma maioria absoluta ao PAIGC – mas isso de nada lhes serviu: poucos meses volvidos sobre as eleições, os desentendimentos entre o presidente e aquela formação política voltaram a impor-te e o país, dizem alguns, pode estar novamente à beira de uma guerra civil. Se ela não acontecer – ou se o presidente, Umaro Sissoco Embaló, não conseguir impor a sua agenda presidencialista – haverá eleições antecipadas e também talvez presidenciais (há dúvidas constitucionais sobre o assunto).

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