O ano que parece que só começa em novembro

9 meses atrás 72

Será Donald Trump o próximo presidente dos Estados Unidos? Uma dúvida que acompanhará o mundo inteiro até ao penúltimo mês de 2024. Nessa altura já se saberá com que cores políticas se veste a Europa.

Pelas suas repercussões planetárias e pelo enorme grau de incerteza que transmitem ao cenário político de 2024, as eleições presidenciais norte-americanas vão definitivamente marcar o ano que agora entra. Desde a incerteza mais óbvia (quem vai ganhar?) até à menos óbvia (Trump poderá concorrer?) está tudo em aberto. A importância das eleições é de tal ordem, que mexe diretamente com temas fundamentais – e que por isso vão estar em suspenso ao longo do ano, dado que o ato eleitoral só terá lugar a 5 de novembro: as relações com a China, a resposta norte-americana à guerra na Ucrânia, a postura face ao Irão e mesmo o relacionamento com a União Europeia.

Aí, na União Europeia, também haverá eleições para o Parlamento Europeu – com todos os analistas a avançarem uma escalada quer da extrema-direita quer da direita radical. O temor de que seja assim é, como disse o Embaixador Seixas da Costa ao JE, a possibilidade de a direita menos europeísta e a esquerda igualmente pouco europeísta se juntarem para ferirem o projeto europeu. Mas a Comissão e a Conselho também fazem o seu papel para ferirem a União: distribuem convites para a entrada no bloco dos 27 (à Turquia, aos Balcãs Ocidentais, à Ucrânia, à Moldávia e até à Geórgia) sem que aparentemente haja qualquer intenção de os honrar. No caso da Ucrânia, diz Seixas da Costa, isso é particularmente evidente – o país não cumpre os critérios necessários e suficientes para a entrada.

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