O dilema do BCE

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Opinião

Ricardo Evangelista, Diretor executivo da ActivTrades Europe

22 dezembro 2023 1:02

Com a inflação de novembro da zona euro nos 2,4%, o nível mais baixo desde julho de 2021, e já muito próximo do objetivo dos 2%, têm crescido as vozes que pedem o início dos cortes das taxas de juro.

22 dezembro 2023 1:02

Nestes últimos anos, a principal acusação feita aos bancos centrais tem sido a de agirem de forma tardia. Em finais de 2021, nos dois lados do Atlântico, Christine Lagarde e Jerome Powell insistiram em referir-se à inflação como sendo um fenómeno transitório. Não se podiam ter enganado mais. Nos EUA, a inflação atingiu um máximo de 8,9% em junho de 2022, enquanto na Europa o pico ocorreu em outubro, tocando nos 10,6%. Os dedos de muitos observadores apontaram então para os bancos centrais, que, acreditando na sua própria retórica, só deram início a um ciclo restritivo quando já era demasiado tarde.

Um cenário com alguns paralelismos tem-se revelado nos últimos meses de 2023. Tanto a Fed como o BCE são de novo acusados, tal como há dois anos, de reagirem com lentidão, desta vez ao abrandamento na subida dos preços ao consumidor. Dois anos depois, repetem-se as acusações, mas pela razão oposta.

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