O ‘e-coaching’ é o novo tipo de formação favorito dos gestores de Recurso Humanos

2 horas atrás 17

A responsável pela área de Talent & Innovation da Cegoc, diz ao JE que 45% dos gestores de Recursos Humanos Portugal utilizam ‘e-coaching’ ou tencionam fazê-lo a curto prazo. Maria João Ceitil considera que Portugal está numa posição privilegiada para “capitalizar o compromisso dos seus profissionais com a formação e a inovação tecnológica”.

A aprendizagem à distância tornou-se uma parte integrante das práticas de formação. O e-coaching e a aprendizagem adaptativa, que faz a integração de tecnologias baseadas em IA para oferecer formação personalizada, estão a ganhar terreno. Eis algumas tendências no desenvolvimento de competências, com foco na transformação do mercado de trabalho através da tecnologia, apontadas no estudo “Transformations, Skills & Learning 2024”, conduzido pela Cegos.

Maria João Ceitil, head of Talent & Innovation da Cegoc e general manager da FranklinCovey Portugal, diz ao Jorna Económico que Portugal está numa posição privilegiada para capitalizar o compromisso dos seus profissionais com a formação e a inovação tecnológica. Para que as empresas possam transformar este potencial em sucesso, adianta, terão de abraçar soluções mais ágeis.

“De forma geral, Portugal está alinhado com as conclusões internacionais e europeias, destacando-se pelo compromisso proativo dos seus profissionais com o desenvolvimento de competências”, afirma.

Ao JE, Maria João Ceitil revela que 40% dos colaboradores portugueses afirmam estar diretamente envolvidos no seu próprio processo de aprendizagem, um valor superior à média global de 32%. O país também enfrenta desafios na agilidade das respostas formativas das empresas, com 60% dos gestores de Recursos Humanos (RH) em Portugal a relatar dificuldades em alinhar a oferta de formação com as necessidades de competências da organização, o valor mais elevado entre os países estudados.

Por outro lado, salienta a responsável da Cegoc, Portugal lidera na adoção da IA Generativa como ferramenta de aprendizagem, com 49% dos colaboradores a afirmarem já ter utilizado esta tecnologia, o que coloca o país entre os mais avançados da Europa neste campo.

“Mais do que nunca, é o momento de olhar para o futuro com ambição e determinação. Portugal está numa posição privilegiada para capitalizar o forte compromisso dos seus profissionais com a formação e a inovação tecnológica. Para transformar este potencial em sucesso, as empresas portuguesas devem abraçar soluções formativas mais ágeis e flexíveis, garantindo que os seus colaboradores não só acompanham as mudanças, mas também lideram a transformação”.

De acordo com o estudo Transformation, Skills & Learning 2024 , a formação à distância representa atualmente 47% em Portugal de todos os cursos de formação, sendo a formação síncrona o método preferido, com 58% no nosso país.

O e-coaching é o novo tipo de formação favorito: 49% dos gestores de RH (45% em Portugal) utilizam-no ou tencionam fazê-lo a curto prazo.

O estudo da Cegos revela também que os colaboradores e os gestores de Recursos Humanos estão de acordo quanto às alterações a introduzir nos cursos de formação: estes devem ser ainda mais “no local de trabalho”, divertidos e individualizados. Acima de tudo, os colaboradores esperam que os programas de formação deem prioridade às situações no local de trabalho (52%), que a formação seja mais interativa e divertida (42%) e também mais personalizada (38%). Em Portugal, a preferência recai na formação no local de trabalho (46%), nos cursos de ensino à distância (42%) e na maior escolha de abordagens/formatos (39%).

A Inteligência Artificial Generativa e a utilização de Dados estão a conquistar o seu lugar no panorama da formação: 44% dos colaboradores afirmam já ter utilizado a IA Gen para aprender (+ 13 pontos em comparação com a edição de 2023). Portugal é o terceiro país entre os nove que mais a utiliza (49%). O Brasil lidera com 56%, Singapura está em segundo e a França em último, com apenas 32%.

Ainda segundo o estudo, 81% dos decisores de RH dizem que já utilizaram ou vão utilizar a IA Gen como método de formação. Tal verifica-se especialmente no sector privado e nas empresas com 500 a 1.999 colaboradores. E, se entre os Departamento de Recursos Humanos chilenos, a IA Gen está generalizada (98%), nos portugueses é onde está menos disseminada (65%). Este ano, 74% dos departamentos afirmaram que estão a utilizar dados relacionados com a formação na sua organização. Portugal, com 55%, apresenta o valor mais baixo no grupo de nove países.

Transformation, Skills & Learning 2024 foi realizado em junho de 2024 em nove países, da Europa: França, Alemanha, Itália, Portugal, Espanha, Ásia (Singapura) e América Latina (Brasil, México, Chile). Esta edição contou com a participação de 5.000 colaboradores e 469 diretores ou responsáveis de Recursos Humanos/diretores ou responsáveis de formação, todos eles a trabalhar em organizações do sector privado e público com 50 ou mais colaboradores.

Ler artigo completo