O mercado do Benfica aos olhos de Rui Costa: «Achávamos que o Jurásek estava pronto»

7 meses atrás 79

Entrevistado especial da BTV, na noite desta sexta-feira, Rui Costa abordou vários temas relacionados com o Benfica, com destaque para as movimentações no mercado de janeiro da equipa orientada por Roger Schmidt, neste caso, para as saídas efetuadas.

«A intenção é sempre melhorar o plantel e ajustar o que entendemos que pode ser ajustado. Acreditamos que fizemos um bom trabalho e que preenchemos a equipa com novos jogadores que podem acrescentar muito ao plantel. Estamos satisfeitos e com a esperança que seja proveitoso no final da época», começou por dizer o líder encarnado.

«O João Victor foi contratado no início da época passada, quando tínhamos Otamendi, Vertonghen e Morato. Encontrámos João Victor, numa fase que ainda não tinha nascido António Silva, que acabou por ser a grande surpresa. Chegou lesionado, acabou por perder o espaço inicial. Foi emprestado, voltou este ano, face aos poucos minutos jogados, perante a boa proposta para ele e para o clube. Entendemos que era a melhor solução aceitar esta proposta. Voltou ao Brasil e recuperámos praticamente todo o investimento feito e usufruímos do António Silva ser um ponto positivo no Benfica. Acabou por ser vantajoso para todos», explicou, sobre o dossiê em torno do central brasileiro.

Quanto à saída de Jurásek, Rui Costa admitiu ter sido estratégica: «Foi contratado este ano com grande expectativa nossa, até pelos números envolvidos. Não me custa admitir que não teve o impacto que se esperava, sabendo que é uma posição de alto risco para nós, atendendo ao facto de perdemos Grimaldo. Sabíamos que não era nada fácil a sua substituição. Achávamos que o Jurásek estava pronto para esta posição. Referi já e, para anular qualquer dúvida, não há nenhum jogador que chegue ao Benfica sem que presidente e treinador estejam de acordo», acrescentou.

«Não trabalhamos separadamente. Entendemos que Jurásek podia ser a peça para substituir Grimaldo. Infelizmente para nós e para ele, não teve o impacto imediato que se esperava. Sendo um ativo tão custoso como foi, entendemos, nesta fase, que seria melhor não desvalorizar o ativo e fazer sair Jurásek neste mercado, emprestado, com a esperança que se reencontre», disse ainda.

A «saída airosa» de Chiquinho e a «vontade» de Gonçalo Guedes

«O Chiquinho foi um elemento extraordinariamente importante do plantel, que teve maior importância no ano passado quando saiu Enzo e tornou-se titular na equipa que nos levou ao título. Terminava contrato este ano. Com o aparecimento de João Neves e a chegada de Kokçu, não estava a ter os minutos desejados. Estava a cinco meses de terminar contrato, teve esta situação para ele. Acabou por ser não exageradamente vantajosa do ponto de vista financeiro, mas melhor do que sair daqui a seis meses livres. Considerámos que poderia ser uma saída airosa para ele»

«Não era nosso jogador [Gonçalo Guedes], era do Wolverhampton. Infelizmente foi fustigado com lesões que o condicionaram para ganhar espaço. Tinha poucos minutos e ainda por cima não era nosso. Foi vontade muito grande do jogador, que nós respeitamos, ir para um clube, o Villarreal, que tem um treinador que o conhecia bem. Será sempre um de nós, o empenho dele foi sempre enorme. Ainda hoje não sabemos como aguentou o ano passado a jogar lesionado nos últimos minutos do jogo de Alvalade, com o Sporting. Não fazia sentido não aceitar a mudança dele para Espanha», admitiu.

A «questão diferente» em torno de Musa e a «pena» por Lucas Veríssimo

«O Petar é questão diferente dos outros. Teve mais minutos, ainda assim, com a recuperação, chamemos-lhe assim, de Arthur Cabral, a vinda de Marcos Leonardo e a aposta em Tengstedt, fazia pouco sentido ter quatro avançados num modelo em que jogamos só com um. Com a proposta que apareceu, fez sentido fazer agora esta mudança, sabendo que o Petar era influente. Uma proposta que pode chegar aos 12 milhões de euros era vantajosa. Corríamos o risco de ele ter menos minutos até final da época. Todas as partes envolvidas acharam que era oportuno aceitar a proposta.»

A concluir o discurso, o homem forte do clube da Luz explicou as saídas de Lucas Veríssimo e Gabriel: «O Lucas foi uma pena, como homem e jogador. Teve a grave lesão no joelho e perdeu cerca de um ano de competição. Dentro desse espaço apareceram Otamendi, António Silva, Morato. Teve comportamento exemplar mesmo não jogando. Importante no balneário, foi emprestado para o Brasil e chegou agora ao mercado de inverno... Havia a solução Corinthians e a solução para o Catar, por uma verba boa.»

«Gabriel não estava no plantel, nem o ano passado. Vinha de dois empréstimos. A ano e meio de terminar contrato procurámos soluções para rentabilizar ativos, acabámos por rescindir e libertá-lo, não tendo assim mais encargos. Não conseguiríamos ter lucro», finalizou.

Portugal

Rui Costa

NomeRui Manuel César Costa

Nascimento/Idade1972-03-29(51 anos)

Nacionalidade

Portugal

Portugal

FunçãoPresidente

 Arouca x Benfica

 SC Braga x SL Benfica

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