O reatar da esperança

5 meses atrás 70

Continuam cinzentos os dias dos vizelenses. No duelo entre os dois últimos classificados, o Chaves foi vencer a Vizela por 1-0 e colocou os minhotos na lanterna vermelha do campeonato. Os da casa entraram dominadores, mas a Lei de Murphy parece continuar a atingir a equipa. Muito desperdício, um auto-golo e duas lesões colocaram os flavienses na liderança, que tiveram muita sagacidade no contra-golpe e depois situação que geriram no segundo tempo. 

O Chaves conseguiu subir uma posição e fica assim a cinco pontos do lugar de playoff, com cinco jogos para se jogar. A tarefa está difícil, mas não é impossível.

Murphy veste de Rainha ao Peito

Qualquer coisa que possa correr mal, correrá mal, no pior momento possível. É assim que é definida a famosa Lei de Murphy, que parece que assombra o Vizela desde há uns meses para cá. Existe divisão entre os adeptos e a SAD, ambiente hostil no estádio e uma equipa sempre instável ao longo do jogo. No primeiro tempo do Vizela diante do Chaves, todo o azar apareceu aos da casa. 

Kelechi inaugurou o marcador @Rogério Ferreira / Kapta+

Os de rainha ao peito entraram fortes e um início desastrado dos flavienses deu alento para uma possível vitória. Hugo Souza negou um remate de longe de Petrov, Lebedenko cabeceou a rasar o poste e Busnic atirou por cima com a baliza praticamente escancarada: tudo isto nos primeiros dez minutos. O Chaves reagiu, sempre em contra-ataque e Anderson até tirou o pão da boca a Héctor, mas os vizelenses foram sempre superiores.

A fortuna do Vizela já não era a melhor, mas tudo ainda iria piorar. Petrov voltou a ver-lhe ser negado um golaço por Hugo e, quase de seguida... golo do Chaves. Kelechi atirou de fora da área, a bola ressaltou em Jota e traiu Ruberto para o 0-1. Como se já não chegasse o infortúnio do auto-golo, Busnic saiu aleijado logo no minuto seguinte. 

Motivados pelo golo, os transmontanos continuaram fortes em contra-golpe e e poderiam ter aumentado a contagem, mas o Vizela respondeu à altura. Petrov esteve perto do golo, que apenas lhe foi negado por... Essende. Petrov - o mais inconformado do primeiro tempo - acabaria também por se lesionar no último lance do primeiro tempo, saindo de maca para os balneários. A malapata continuava...

Também não é só azar...

O segundo tempo recomeçou com Domingos Quina e sem Petrov no ataque vizelense. Se o azar foi fator principal para o insucesso do Vizela no primeiro tempo, no segundo a história foi bem diferente. Muita permeabilidade da defensiva deixou o Chaves ao lado do segundo. João Correia passou por toda a defesa da casa e apenas Ruberto foi capaz de negar o golo.

Depois da perdida de João Correia, pouco mais se foi passando no segundo tempo. Muitas paragens, muito anti-jogo - Vasco Fernandes foi a figura desse momento - e pouquíssimo futebol. O jogo foi de muitos duelos e, com o Chaves retraído, os vizelenses eram incapazes de invadir a muralha adversária. 

A inoperância do Vizela manteve-se até ao final da partida, sem qualquer tipo de coisa parecida com oportunidades de jogo. No final, Tomás Silva também saiu de maca e segui-se um gigante aplauso irónico dos adeptos vizelenses direcionado aos membros da direção.

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