O risco de morrer na praia

2 horas atrás 23

Os países mais desenvolvidos sempre privilegiaram a negociação. Tanto para formar Governos, como para aprovar as grandes linhas da economia à política externa. É assim nos países nórdicos e na Alemanha. Portugal permanece mergulhado numa lógica de blocos políticos, hoje empatada e acrescida de uma ameaça de destruição do sistema político e constitucional criado no 25 de Abril. Num momento em que PSD e PS se aproximaram de uma real negociação, assente em números e propostas de políticas económicas e sociais, não faria sentido cair numa divergência insanável sobre uma questão fiscal relacionada com um modelo de atração de investimento estrangeiro. O que faz sentido é que as duas partes se sentem e discutam o modelo. O País é mais importante do que a mercearia eleitoral de cada um, sobretudo quando nenhum deles aspira a grandes ganhos nas urnas. Depois do caminho que fizeram, da forma como tanto Luís Montenegro como Pedro Nuno Santos enobreceram a política, nesta fase final, mostrando que são capazes do melhor, pouco sentido fará morrer na praia. Talvez tenha chegado um tempo de comparar com o que a Europa pode ter de melhor e levar o barco a bom porto. Aqui chegados, já não há mares mais tranquilos para navegar. Poderiam naufragar os dois.

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