O stresse automóvel nas grandes cidades

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Viver na capital de um país tem inúmeras vantagens, mas uma das suas maiores desvantagens é o stress provocado pelo trânsito de segunda a sexta, em diferentes horas do dia.

Hoje, é possível tirar vantagens da evolução tecnológica e digital com soluções já muito testadas que permitem apoiar toda a gestão de circulação numa cidade.

Sempre que se fala em circulação numa grande cidade, aparecem logo os defensores de uma cidade sem carros e apenas com bicicletas, trotinetes e transportes públicos. Não tenho dúvidas que essa solução ambientalmente sustentável e com vários benefícios para a saúde dos cidadãos pode ser adotada em várias geografias, mas no caso de Lisboa ou Porto devemos fazer um esforço na adoção destas boas práticas, mas não podemos ignorar que a própria orografia não permite que seja essa a única opção para o cidadão.

Um estudo recente mediu o ritmo cardíaco dos condutores, enquanto estes faziam uma viagem de meia hora de carro em nove capitais europeias; Oslo, Milão, Lisboa Londres, Budapest, Munique, Praga, Barcelona e Cracóvia. Ora, sem surpresa, Lisboa aparece no estudo como a segunda cidade europeia mais stressante para conduzir.

De acordo com o estudo, a cidade da Europa mais stressante para conduzir é Oslo, na Noruega, depois segue-se Lisboa, em terceiro lugar está Milão, em quarto lugar está Londres, seguida de Budapeste, Munique e Praga, em sétimo lugar. As cidades menos stressantes para conduzir são Barcelona e Cracóvia.

Para minimizar estes impactos negativos, Lisboa e Porto deviam recorrer à inteligência artificial na semaforização para que de forma “inteligente” e preditiva fossem evitadas situações de congestionamento, adaptando os tempos dos semáforos de forma dinâmica para cada cruzamento rodoviário.

Estudos recentes indicam que o ser humano perde, em média, dois dias por ano parado em cruzamentos. É muito tempo desperdiçado. Com tecnologia e “inteligência” é possível reduzir ou eliminar esse problema. Ou seja, consoante os volumes de movimento de tráfego na cidade são feitos ajustes, de forma autónoma e em tempo real, nos ciclos semafóricos.

Por outro lado, verificam-se várias situações em vias mais rápidas de Lisboa onde as entradas são hoje de uma única faixa de rodagem e que podiam com uma pequena obra (até porque existe espaço suficiente para isso) passar a duas faixas de acesso. Com isso evitava-se congestionamentos e o pára-arranca que tanto contribui para aumentar a emissão de gases poluentes. Por exemplo, esta situação verifica-se na CRIL no acesso à Segunda Circular ou no acesso à A5.

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