Obstetrícia. “Plano do governo vai ser revisto”, diz Miguel Guimarães

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Saúde

05 ago, 2024 - 19:12 • Filipa Ribeiro

Deputado do PSD e ex-bastonário da Ordem dos Médicos defende revisão no funcionamento das maternidades, especialmente em Lisboa. Face aos problemas dos últimos dias, Miguel Guimarães diz que o plano do Governo vai ser "obviamente" revisto e realça "herança pesada" deixada pelo PS.

Miguel Guimarães defende revisão do Plano do Governo
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A ideia inicial do Governo terá de ser alterada. Face aos problemas deste fim de semana, e que resultam do encerramento das urgências de obstetrícia e ginecologia por todo o país, o deputado do PSD e ex-bastonário da Ordem dos Médicos (OM) diz à Renascença que o “plano do governo obviamente que vai ser revisto”.

Miguel Guimarães indica que o executivo tentou que “existisse previsibilidade” em saber com uma semana de antecedência quais os serviços que estariam a funcionar, mas defende que “no mais breve possível” são necessárias novas medidas e uma revisão do Plano de Emergência do Governo sobre as urgências de forma a evitar novos “constrangimentos” no inverno.

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Para Miguel Guimarães as “maternidades devem funcionar de forma diferente”.

O ex-bastonário da OM realça as assimetrias que existem no funcionamento das maternidades recordando que na área metropolitana do Porto “funcionam relativamente bem” ao contrário das regiões de Lisboa, do Oeste, Leiria e Algarve. Miguel Guimarães fala em problemas de coordenação entre as unidades hospitalares e de falta de recursos humanos recordando que a importância das negociações entre a ministra da Saúde, médicos e enfermeiros que estão a decorrer.

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O ex-bastonário da OM e deputado do PSD defende uma “radiografia” do atual funcionamento de todas as maternidades de Lisboa, para que se avalie, por exemplo, se no horário noturno entre as 20h e as 8h é necessário ter em funcionamento todas as maternidades. Miguel Guimarães ressalva que esta não deve ser a regra para as regiões do Interior que têm menos maternidades disponíveis.

Miguel Guimarães diz ainda que a situação “na região de Lisboa tem de ser estudada e dialogada entre os vários hospitais”, o que será "uma das missões da direção executiva do SNS”.

O ex-bastonário e deputado do PSD recorda que o executivo não consegue resolver todos os problemas “em dois ou três meses” e fala em “herança pesada” na área da saúde deixada pelo governo do PS. Por isso mesmo, Miguel Guimarães considera “deselegante” as declarações dos responsáveis do PS sobre o estado da saúde em Portugal.

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