Ocidente? "Não vemos quaisquer condições para normalizar o diálogo"

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O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou, esta terça-feira, que a Rússia não vês "quaisquer condições" para normalizar o diálogo com o Ocidente. 

Esta reação surge depois de o presidente francês, Emmanuel Macron, ter afirmado que não excluía a possibilidade de dialogar com o sue homólogo russo, Vladimir Putin. 

"Até agora, à exceção de declarações tão hesitantes, lamentavelmente, não vemos quaisquer condições para normalizar o diálogo", disse Peskov, em conferência de imprensa, segundo cita a agência estatal russa TASS, acrescentando ainda que a confiança entre Moscovo e o Ocidente foi quebrada.

No entanto, admitiu que o restabelecimento de laços é "uma questão de tempo". "Tudo depende da posição dos nossos homólogos", atirou.

Recorde-se que a Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da antiga União Soviética - e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kyiv têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas têm-se confrontado com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se.

Desde o início da invasão, o Ocidente tem condenado a Rússia e tem enviado ajuda financeira e armamento à Ucrânia. 

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