(em atualização)
Cerca de uma hora e meia depois, terminou com um cumprimento entre ambos à saída da residência oficial do primeiro-ministro, a reunião entre Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos. Numa declaração aos jornalistas, o líder do PS não abdica das condições do Partido Socialista para viabilizar o documento.
Após a reunião com o primeiro-ministro, Pedro Nuno Santos reafirma que o PS só viabiliza um Orçamento “que não inclua, ou tenha como pressuposto, as alterações ao regime de IRS e IRC propostas pelo governo ou qualquer modelação dessas propostas”.
Pedro Nuno Santos propôs ao primeiro-ministro que os mil milhões de euros previstos pelo governo para o IRS Jovem “sejam aplicados em mais habitação, no aumento das pensões e num regime de exclusividade para os médicos no Serviço Nacional de Saúde”.
Na sede do PS, o líder socialista sublinhou que um Orçamento aceite pelo PS vai ser diferente de um Orçamento que seja aprovado com o CHEGA. Portanto, cabe ao governo escolher o caminho que quer seguir, uma vez que há “dois resultados diferentes”.
No entanto, se estas propostas forem aceites "o PS está disponível para aprovar o Orçamento do Estado" assegurou Pedro Nuno Santos acrescentando ainda que "o Orçamento será 99 por cento da responsabilidade do governo, o que dizemos é que há duas medidas que nós não podemos aceitar".
O líder socialista propôs ao primeiro-ministro que os mil milhões de euros previstos pelo governo para o IRS Jovem “sejam aplicados em mais habitação, no aumento das pensões e num regime de exclusividade para os médicos no Serviço Nacional de Saúde”.
Sobre o IRC, Pedro Nuno Santos defendeu que “o IRC não é a causa da lentidão da transformação da economia portuguesa”.
O primeiro-ministro, de acordo com o líder socialista, vai analisar as propostas apresentadas".
O primeiro-ministro recebeu o secretário-geral do PS, em São Bento para negociar temas do Orçamento do Estado para 2025.
Esta reunião foi marcada numa altura de tensão entre Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos havendo várias matérias que parecem dificultar um entendimento.Acontece também depois de duas rondas negociais entre Governo e partidos da oposição, sem a presença de Luís Montenegro, uma ausência que levou então Pedro Nuno Santos a também não integrar a delegação do PS.
A proposta de Orçamento do Estado tem de ser entregue na Assembleia da República até 10 de outubro. Para que seja aprovado, o governo precisa da abstenção do PS ou do voto a favor do Chega.