Oito pessoas continuam a receber apoio um ano após incêndio na Mouraria

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Na sequência do fogo que, na noite de 4 de fevereiro de 2023, matou duas pessoas e feriu outras 14, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa prestou apoio a 12 pessoas: dez adultos e duas crianças.

Desde então, continuam a receber apoio oito dessas pessoas, divididas por três agregados distintos (um com quatro pessoas, um com três e um com uma), detalha a Santa Casa, em resposta à agência Lusa, acrescentando que se prevê, "a curto prazo, a autonomização" do agregado de três pessoas "por reunificação familiar".

As restantes quatro pessoas assistidas na altura do incêndio "já não têm qualquer apoio dos serviços" da Santa Casa, sendo que três integraram o mercado de trabalho fora de Lisboa e a quarta encontrou "autonomamente" uma alternativa habitacional.

A resposta de emergência temporária ativada há um ano vai além da habitação e inclui acompanhamento social.

Os serviços estão a ajudar na "procura de uma alternativa habitacional permanente", mas também a garantir os apoios sociais necessários, "atendendo à fragilidade socioeconómica das pessoas", adianta a Santa Casa.

Segundo informação prestada pela Câmara de Lisboa, um dos agregados familiares permanece em alojamento de emergência municipal, "tendo realizado recentemente uma candidatura ao Programa de Arrendamento Apoiado do Município".

Em resposta à Lusa, a autarquia adianta que a Divisão de Operações e Apoio às Populações do Serviço Municipal de Proteção Civil continua também, em articulação com a Santa Casa e outras instituições da rede social, a prestar apoio psicossocial às pessoas afetadas no incêndio que, na noite de 04 de fevereiro de 2023, deflagrou no rés-do-chão de um edifício de quatro pisos e oito frações situado na Rua do Terreirinho.

O incêndio, que, segundo os bombeiros, começou na cozinha do rés-do-chão do edifício, afetou 27 residentes, tendo provocado a morte a duas pessoas de nacionalidade indiana (um menor de 14 anos e um homem adulto) e ferimentos noutras 14, todas de nacionalidade estrangeira.

No imóvel particular residiam 24 pessoas, 22 das quais ficaram desalojadas: dois cidadãos portugueses, dois belgas, dois argentinos, três bengalis e 15 indianos.

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