Olímpico Montijo reage à não subida: «Ganhámos no campo e foi-nos retirada a possibilidade de competir no CP»

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A festa foi grande na cidade do Montijo, depois do Olímpico ter conseguido o regresso aos campeonatos nacionais, com a subida ao Campeonato de Portugal (CP), após vencer a 1ª divisão distrital de Setúbal. Contudo, foi interrompida quando, na semana passada viu rejeitada a sua inscrição no CP por parte da FPF.

Esta segunda-feira, 24 de junho, o clube presidido por Cláudio Oliveira teve uma Assembleia Geral para esclarecer aos seus adeptos o que aconteceu para que a sua inscrição não fosse aceite e o dirigente esteve à conversa com o zerozero para dar a conhecer esse porquê.

«Nada levava a querer que a decisão não fosse favorável ao Olímpico Montijo. O que nos transmitiram é que o Conselho de Justiça escudou-se na questão dos prazos para decidir a favor da equipa que mais pressão fez. Não quero estar a lamentar muito, mas a questão é que ganhámos no campo e foi-nos retirada a possibilidade de competir no Campeonato de Portugal, não porque o clube ou a SAD estavam ilegais, mas porque a antiga SAD era pertencente a cidadãos estrangeiros, que tinham situações pendentes», começa por explicar.

«Nós entregámos sempre a documentação a tempo. Se não tínhamos as coisas em nosso nome, não podíamos dizer que estava. Entregámos os documentos que tínhamos e como tínhamos. O que aconteceu é que só conseguimos fazer a escritura, porque é algo com muitas alíneas, da SAD no dia 22 de maio e, supostamente, o prazo limite para a entrega da documentação era 13 de maio. Mas nós sabíamos que no final do mês havia um recurso de 13 dias para entregar toda a documentação. Foi isso que aconteceu. Entregámos tudo nesse período de recurso, pelo que nada fazia prever esta decisão. Contudo, pela primeira vez vieram dizer-nos que o recurso não era para entrega de documentação, mas análise e justificação», acrescenta.

Dirigente estranha critérios @Olímpico Montijo facebook

Com alguma tristeza na voz, Cláudio Oliveira afirma que «aparentemente não há volta a dar» e que a decisão da FPF é «irreversível», mas considera «lamentável que quem não ganha dentro das quatro linhas seja beneficiado e apoiado, inclusive, para atingir esse objetivo». Agora, a vaga que pertencia ao Olímpico será ocupada pelo seu rival Comércio e Indústria, que terminou em 2º, com os mesmos pontos.

«Só quero que os nossos sócios, adeptos e quem gosta de futebol saiba que da nossa parte, do Olímpico Montijo, aceitamos, embora não consigamos concordar, os argumentos da Federação. Não estamos a dizer que cometeram alguma ilegalidade, mas sim que não respeitaram todo o recurso», esclarece o dirigente.

O que muda no futuro?

Uma decisão desta magnitude, especialmente para um clube que se preparava para dar o salto das Distritais para o Nacional, tem, naturalmente, algum impacto e Cláudio esclarece o que acontecerá, a nível desportivo e financeiro

«O nosso projeto não muda nada. Todos os jogadores que estavam previstos jogar o Campeonato de Portugal em 2024/25 aceitaram manter-se connosco e disputar o Campeonato Distrital. Estávamos confiantes que tínhamos uma equipa muito competitiva para o CP e que, obviamente, será muito competitiva para a Distrital. Assumimos que somos um dos candidatos à subida», começa por dizer.

«Financeiramente há impacto. Teremos uma diminuição das receitas esperadas, não só da bilhética, como do número de adeptos que clubes do CP trazem, que é superior aos do Distrital», conclui.

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