Olivença. Nuno Melo reafirma a sua posição, mas diz que "não vincula o Governo"

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Ministro da Defesa

14 set, 2024 - 12:23 • Ana Kotowicz

"Tratou-se, aliás, de uma resposta a uma pergunta e, por isso, insusceptível de ser concertada com os restantes membros do Governo", escreveu Nuno Melo nas redes sociais.

A opinião é antiga, não mudou, mas não vincula o Governo. O esclarecimento é de Nuno Melo depois de, numa cerimónia onde participava como ministro da Defesa, ter defendido que Olivença "é portuguesa".

O esclarecimento foi feito nas redes sociais, no X, depois de as suas declarações — feitas em resposta à pergunta de um jornalista — terem gerado várias reações, positivas e negativas. Marcelo Rebelo de Sousa, instado a comentar o sucedido, recusou-se a fazê-lo.

"A opinião que tenho sobre Olivença é antiga e corresponde a uma posição de princípio, historicamente conhecida, que várias vezes defendi. Hoje repeti-a como presidente do CDS, embora num contexto equívoco, porque presente numa cerimónia como ministro", escreveu Nuno Melo. "Como é óbvio, essa opinião não vincula o Governo. Tratou-se, aliás, de uma resposta a uma pergunta e, por isso, insuscetível de ser concertada com os restantes membros do Governo."

Ministro Nuno Melo diz que Olivença "é portuguesa" e país "não abdica" deste direito

Pedro Nuno Santos, líder do PS, foi um dos que condenou as declarações do ministro. Nuno Melo respondeu: “'Muito grave' é que em mais de 200 anos, Pedro Nuno Santos seja talvez o primeiro líder de um partido político a negar a legitimidade de Portugal sobre Olivença, reconhecida pela própria Espanha em Tratado", escreveu na mesma rede social.

"Pedro Nuno Santos contraria até posições antigas do PS e do respetivo grupo parlamentar, que chegou a reclamar a intervenção de outro Governo, com o próprio a deputado na XII legislatura. Nesta matéria, o entendimento do CDS é antigo e é de sempre", conclui o líder do CDS, partido parceiro do PSD na coligação governativa.

Olivença é uma cidade na zona raiana reivindicada por direito por Portugal, desde o tratado de Alcanizes, em 1297, mas que Espanha anexou e mantém integrada na província de Badajoz, na comunidade autónoma da Estremadura, apesar de ter reconhecido a soberania portuguesa sobre a cidade quando subscreveu o Congresso de Viena, em 1817.

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