Onda de incêndios e destruição de armazéns preocupa cidade moçambicana da Beira

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"É preocupante, mas é um fenómeno novo que está a acontecer na nossa cidade", afirmou o comandante do Serviço Nacional de Salvação Pública na Beira, Lorito Joaquim, após o combate ao incêndio mais recente, ocorrido na quinta-feira na cidade.

"Durante o trabalho constatamos que o fogo terá sido causado por um curto-circuito", disse.

Acrescentou que, em pouco mais de uma semana, a cidade registou três incêndios em armazéns diferentes, todos eles de materiais de construção, cujos proprietários avançam avultados prejuízos.

"É importante observar todas medidas de segurança de modo a contribuírem para o combate aos incêndios", apelou.

Só em menos de 24 horas foram dois incêndios de grandes proporções que reduziram a cinzas igual número de estabelecimentos comerciais de venda de material de construção naquela cidade, capital da província de Sofala.

As Ferragens Maquinino, no Chaimite, e Khosin, no bairro de Chingussura, viram em poucas horas os armazéns reduzidos a cinzas, com o fogo a provocar danos materiais avultados.

O proprietário da Ferragem Maquinino, Mahomed Adil, já calculou o prejuízo em cerca de 250 milhões de meticais (3,6 milhões de euros) e queixou-se da atuação dos bombeiros, que disse terem chegado uma hora depois do alerta.

"O que se viu foi água e a mangueira limitada, a experiência para lutar contra o fogo também era limitada. Já perdi tudo que eu tinha (...) Estou arruinado e endividado. Tenho 50 trabalhadores que poderão perder o emprego. De noite para o dia fiquei desgraçado", desabafou.

Há uma semana, uma outra loja de materiais de construção, denominada Armazém Chiveve, no bairro Maquinino, também ficou reduzida a escombros em resultado de um violento incêndio que deflagrou, ao meio-dia, no centro da Beira, suspeitando-se novamente de um curto-circuito.

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