No Dia Mundial da Poupança, esta quinta-feira, a DECO PROteste aconselha a olhar com atenção para os produtos existentes no mercado e esclarece que para obter um rendimento real positivo, “devem ser procurados produtos com rendimento bruto acima de 2,8%”, devido à inflação.
Comemora-se esta quinta-feira, 31 de outubro, o Dia Mundial da Poupança e a DECO PROteste assinala a efeméride com um conjunto de recomendações sobre onde devem os portugueses aplicar as poupanças, nomeadamente os pozinhos extra de setembro e outubro que resultam da menor retenção de IRS.
Como a taxa de inflação estimada para 2025 e 2026 pelo Banco de Portugal é de 2%, há que descontar esse efeito no valor dos juros. Assim, para que o rendimento da aplicação seja realmente positivo, é necessário que produtos ofereçam um rendimento liquido acima deste valor. Ou seja, uma taxa bruta acima de 2,8%, esclarece.
Para que não gosta de correr riscos, indica os depósitos a prazo e quanto mais dilatado o prazo melhor. Há centenas de depósitos no mercado, sendo os mais frequentes os depósitos de curto prazo.
“Devem ser privilegiados os depósitos por prazos um pouco mais longos (12 ou 24 meses) de forma a garantir que se recebe a remuneração durante um período que se antevê como de descida das taxas de juro”, aconselha.
Quanto à alternativa dos Certificados de Aforro, com as taxas de juro a descer, também estes serão afetados. “No caso dos Certificados de Aforro há uma agravante face à série anterior: como já não existe o spread de 1% que acrescia à média da Euribor a três meses na fórmula de cálculo da taxa base, esta pode muito facilmente aproximar-se de 0%, o limite mínimo”.
Por fim, a Deco aconselha a olhar para a reforma, mal se entra no mercado de trabalho. “Quanto mais cedo começar, mais poupa e mais pode arriscar, subscrevendo, por exemplo, um PPR com elevada componente de ações. O potencial de rendimento é superior. O maior número de anos, também, permite que o efeito de capitalização seja superior, salienta.