ONG israelitas exigem distribuição de mais ajuda a Gaza

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"Durante a audiência, o tribunal reconheceu que a ajuda que chega à faixa de Gaza é insuficiente. Esperamos que os juízes ordenem às autoridades israelitas que removam os obstáculos à entrada e distribuição de ajuda", disse à France-Presse a líder da ONG Gisha, Miriam Marmur.

O tribunal ouviu os depoimentos das ONG e, depois, os do Estado israelita e deu às autoridades do país até ao dia 10 de abril para apresentarem documentos adicionais sobre as suas ações, nomeadamente a quantidade de ajuda necessária, horários dos pontos de passagem, número de camiões, número de pedidos e recusas e processo de entrada. 

As ONG terão, depois, cinco dias para reagir às respostas que o Estado de Israel fornecer.

Em 18 de março, as organizações não-governamentais Gisha, Adalah, Associação para os Direitos Civis em Israel, HaMoked e Médicos pelos Direitos Humanos de Israel apresentaram uma petição aos tribunais, exigindo que as autoridades "respeitem as suas obrigações como potência ocupante" no fornecimento de todas as medidas necessárias de assistência à população civil da faixa de Gaza.

Israel garante que não representa um obstáculo à chegada de ajuda ao território palestiniano, mas as organizações humanitárias internacionais, bem como as Nações Unidas, denunciaram várias vezes as restrições, assim como a carga administrativa imposta à entrada e distribuição de géneros alimentares.

A guerra na faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque sem precedentes do Hamas em território israelita, em 07 de outubro, que resultou na morte de 1.170 pessoas no lado de Israel, a maioria das quais civis mortos no mesmo dia, de acordo com uma contagem da France-Presse, com base em dados oficiais israelitas.

Israel lançou uma operação militar de retaliação em Gaza que já provocou mais de 33 mil mortos, a maioria dos quais civis, segundo o ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo movimento islamita Hamas.

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