ONU adverte para aumento preocupante de vítimas civis no Líbano

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"As leis da guerra são claras", sublinhou o coordenador humanitário das Nações Unidas para o Líbano, Imran Riza, numa declaração em que recordou que a população nunca é um "alvo" legítimo, mesmo em situações de conflito.

"Entre as vítimas estão crianças, mães e avós. A perda de vidas inocentes é lamentável", disse Riza, depois de as autoridades libanesas terem informado que pelo menos uma dúzia de civis foram mortos por ataques das Forças de Defesa de Israel (FDI) na quarta-feira.

O constante fogo cruzado entre as FDI e as milícias do partido Hezbollah também fez com que milhares de pessoas fugissem das suas casas em ambos os lados da fronteira - a Organização Internacional para as Migrações (OIM) tinha registado mais de 87.000 pessoas deslocadas no Líbano até 06 de fevereiro.

O primeiro-ministro interino libanês, Nayib Mikati, anunciou hoje que Beirute vai apresentar uma "queixa urgente" ao Conselho de Segurança das Nações Unidas por causa da "persistente agressão israelita".

O exército israelita confirmou hoje novos bombardeamentos contra supostos alvos da milícia xiita Hezbollah no sul do país, na sequência de uma "extensa vaga de ataques" lançada na quarta-feira após um ataque com mísseis do grupo contra a cidade israelita de Safed, que causou um morto.

Entretanto, o Ministério da Saúde libanês afirmou que, até ao momento, foram confirmados 177 mortos e 666 feridos nas ofensivas israelitas ao Líbano, na sequência dos combates que se seguiram aos ataques do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), a 07 de outubro.

As tensões entre Israel e o Hezbollah, apoiado pelo Irão, aumentaram na sequência da morte, no início de janeiro, do `número dois` do Hamas, Saleh al-Arouri, e de seis outros membros da milícia palestiniana, incluindo dois membros superiores do braço armado do grupo, as Brigadas Ezzeldin al-Qassam, num atentado bombista atribuído ao exército israelita em Beirute, capital libanesa.

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