ONU. Denise Brown condena ataques russos a infraestruturas de energia

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"Estou indignada com a magnitude dos ataques das forças armadas russas às infraestruturas energéticas de toda a Ucrânia", afirmou Denise Brown, num comunicado hoje divulgado.

Segundo a responsável do Gabinete de Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA, na sigla em inglês), o "amplo impacto dos ataques de hoje a infraestruturas civis críticas está a aprofundar a já terrível situação humanitária de milhões de pessoas na Ucrânia".

A Rússia lançou esta madrugada um dos maiores ataques aéreos contra o território ucraniano desde o início da guerra, causando pelo menos três mortos e 15 feridos, e causando danos a infraestruturas críticas.

Numa mensagem publicada na rede Telegram, o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que o ataque teve como alvo principal centrais elétricas, linhas de transmissão de energia e uma central hidroelétrica.

Zelensky disse que as autoridades estão a tentar restabelecer o fornecimento de eletricidade nas regiões afetadas pelo ataque, incluindo Kharkiv e Sumi (nordeste), Odessa (sul), Poltava e Dnipropetrovsk (centro) e Vinitsia e Ivano Frankivsk (oeste).

O governador da região de Kharkiv, Oleg Syniegoubov, afirmou que cerca de 700 mil habitações ficaram sem eletricidade.

O ministro da Energia ucraniano classificou o bombardeamento desta madrugada como "o maior ataque à indústria energética da Ucrânia nos últimos tempos".

O ataque causou o corte de uma das duas linhas de energia que abastecem a central nuclear em Zaporijia, ocupada por Moscovo, anunciou também German Galushchenko.

"Esta situação é extremamente perigosa e ameaça desencadear uma situação de emergência, porque em caso de corte da última linha de comunicação com a rede elétrica nacional, a central nuclear de Zaporijia estará à beira de um novo apagão", alertou a Energoatom, a operadora da central, a maior da Europa.

Ainda na nota divulgada, e sublinhando que "o direito humanitário internacional protege explicitamente os civis e as infraestruturas civis", a coordenadora do OCHA, Denise Brown, defendeu a necessidade de respeitar essas regras.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

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