ONU diz que eventual expulsão do Equador depende de Estados-membros

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No entanto, Guterres, através do seu porta-voz, Stéphane Dujarric, tentou "pôr água na fervura" do conflito bilateral, afirmando esperar que "as tensões entre o Equador e o México sejam resolvidas através do diálogo".

Também recordou que a ONU expressou a sua "condenação pelas flagrantes violações do direito internacional a que se assistiu quando a embaixada [mexicana em Quito] foi invadida" pela polícia equatoriana, na passada sexta-feira, com o objetivo de deter o ex-presidente do Equador Jorge Glas, que ali se encontrava sob asilo político.

Hoje, na queixa que apresentou ao Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), o Governo mexicano apelou para a suspensão do Equador da ONU devido ao assalto à sua embaixada na capital equatoriana.

No texto do documento, o México exige "a suspensão do Equador de Estado-membro da Organização das Nações Unidas enquanto não emitir um pedido de desculpas público, a reconhecer as violações aos princípios e normas fundamentais do direito internacional", indicou a ministra dos Negócios Estrangeiros mexicana, Alicia Bárcena, numa conferência de imprensa.

O pedido mexicano não parece fácil de cumprir, a julgar pela própria história da ONU: desde a sua fundação, só um Estado foi expulso: em 1971, Taiwan foi despojado do assento da República da China que, em seu lugar, foi entregue à República Popular da China.

O Equador não só é membro de pleno direito da ONU como, neste momento, tem assento no Conselho de Segurança, ao abrigo da quota de países latino-americanos e caribenhos, um lugar que ocupa desde junho de 2022.

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