ONU e União Europeia condenam ataque com drone a Israel

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Um 'drone' explodiu em pleno ar sobre o centro de Telavive hoje de manhã, perto da embaixada dos Estados Unidos, e os estilhaços provocaram um morto e oito feridos.

O ataque foi reivindicado pelos huthis e o exército israelita disse tratar-se de um 'drone' de fabrico iraniano lançado a partir do Iémen.

"O secretário-geral continua muito preocupado com a ameaça que tais atos perigosos representam para o risco de uma nova escalada na região, apelando [a todas as partes] à máxima contenção", declarou um dos porta-vozes da ONU, em resposta a este ataque.

Também a União Europeia, através de um porta-voz do chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, condenou "veemente este ataque indiscriminado".

"O direito humanitário internacional proíbe estritamente o bombardeamento indiscriminado de centros populacionais civis e aplica-se a todos os intervenientes, em todos os momentos e sem exceção", disse a porta-voz Nabila Massrali, em comunicado.

Em sentido contrário, o Hamas congratulou-se com este ataque, sublinhando que marca uma "nova fase" nas atividades do chamado "eixo de resistência", uma coligação apoiada pelo Irão que integra também o movimento xiita libanês Hezbollah ou as milícias pró-iranianas no Iraque e na Síria.

Para o Hamas, a nova fase vai visar "as profundezas da entidade sionista fascista, na sua frente interna".

A guerra em curso em Gaza foi desencadeada por um ataque do Hamas no sul de Israel, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns.

Israel respondeu com a invasão da Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas desde 2007, com um saldo de mais de 38.800 mortos e a destruição de grande parte das infraestruturas do enclave palestiniano de 2,8 milhões de habitantes.

O ataque de hoje em Telavive é a ação de maior alcance dos huthis desde que começaram em novembro a atacar navios ligados a Israel no Mar Vermelho, bem como a cidade israelita de Eilat (sul).

O exército israelita admitiu que o 'drone' foi detetado, mas disse que um "erro humano" fez com que os sistemas de interceção e de defesa não tivessem sido ativados, segundo um oficial militar.

Na sequência do ataque as autoridades de Telavive elevaram o nível de alerta na cidade com mais de 430 mil habitantes.

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