Operação contra branqueamento de capitais com 40 indiciados e 305 ME apreendidos em Moçambique

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"O `modus operandi´ dos arguidos traduzia-se na criação de empresas de fachada que as usavam como veículo de exportação de capitais, cuja origem dos fundos em causa são de proveniência ilícita e, nalguns casos, desconhecida", refere-se num comunicado da Procuradoria-Geral moçambicana distribuído hoje.

No âmbito da operação, designada "Stop Branqueamento de Capitais", várias buscas a residências e a estabelecimentos comerciais foram realizadas nas cidades de Maputo e Matola, sul de Moçambique, e Nampula e Nacala, no norte do país.

"Para lograr os seus intentos, em colaboração com alguns despachantes aduaneiros e certos colaboradores dos bancos, estes falsificam os Termos de Intermediação Bancária e os Processos de Desembaraço Aduaneiro que as usavam para exportação de capitais, sob pretexto de importação de mercadorias em diversos países, principalmente os considerados paraísos fiscais", indica a PGR.

Segundo o MP moçambicano, na operação, que tem também 15 empresas como indiciadas, 12 países foram identificados como recetores dos fundos, tendo sido acionada a cooperação jurídica  internacional.

"Neste momento, o processo acompanhado dos arguidos detidos vai submetido ao juiz de instrução criminal para efeitos do primeiro interrogatório, sendo que diligências prosseguem para a captura de mais envolvidos", conclui-se no documento do MP, sem, no entanto, esclarecer quantos indiciados estão detidos.

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